Padre indiano foi sequestrado em março do ano passado e libertado recentemente; após catequese de hoje, encontrou-se com o Papa
Da Redação, com Rádio Vaticano
Após a catequese desta quarta-feira, 13, o Papa Francisco encontrou-se com o salesiano padre Thomas Uzhunnalil, sequestrado em Áden, no Iêmen, em 2016. O religioso foi libertado recentemente. Atualmente, encontra-se em Roma, de onde partirá para a Índia.
Segundo o jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, padre Thomas se abaixou para beijar os pés do Papa Francisco que o ajudou a se levantar e beijou suas mãos. Esta imagem fala do encontro entre o Pontífice e o sacerdote indiano. Após a Audiência Geral, Francisco o acolheu na Casa Santa Marta, o abraçou e incentivou, garantindo-lhe que continuará rezando por ele como fez durante seu sequestro. Emocionado, o Papa o abençoou.
Por sua vez, padre Tom, como é familiarmente chamado, agradeceu ao Papa, dizendo-lhe que “rezou todos os dias por ele, oferecendo seus sofrimentos por sua missão e pelo bem da Igreja”. Essas palavras comoveram o Papa.
O religioso, sequestrado em 4 de março de 2016, em Áden, no ataque terrorista contra o lar de idosos das Missionárias da Caridade, disse ao Papa que naquele período “não podia celebrar a Eucaristia”, mas que todos os dias repetia dentro de si, em seu coração, as palavras da celebração.
Padre Tom disse ainda que agora continuará “rezando por todos aqueles que estiveram junto dele espiritualmente”. Ele recordou, particularmente, as quatro religiosas e outras doze pessoas assassinadas no momento do sequestro.
O sacerdote agradeceu ao Sultanado de Omã que trabalhou por sua libertação. Agradeceu também à Santa Sé que, por meio de um comunicado, expressou sua gratidão “a todos aqueles que se empenharam pela sua libertação, em particular, Sua Majestade o Sultão de Omã e as Autoridades competentes do Sultanato”.
Na Audiência Geral, o salesiano estava acompanhado pelo Arcebispo de Mumbai, Cardeal Oswald Gracias. “Depois dessa experiência terrível, a mensagem que padre Tom quer deixar é que Jesus é grande e nos ama”, disse o purpurado.
Padre Tom acrescentou: “Realmente, todos os dias, eu senti Jesus perto de mim. Sempre soube e sentia em meu coração que não estava sozinho”.
Agora, o religioso fará alguns exames médicos, em Roma. “As suas condições de saúde são boas”, ressaltou o Cardeal Gracias, garantindo que “no período de cativeiro não teve problemas de saúde e foi bem tratado”.
O sacerdote de 57 anos, nascido em Kerala, na Índia, contou que foi educado na fé cristã por sua família, profundamente católica. O seu tio Mateus, salesiano, morto em 2015, foi o fundador da missão no Iêmen. No momento em que foi sequestrado, padre Tom se encontrava no Iêmen há quatro anos.