Papa disse que viagem ao Iraque é um dever para com uma terra martirizada; no voo, jornalistas conferiram um prêmio ao Papa
Da Redação, com Boletim da Santa Sé e Vatican News
Como de costume, em suas viagens apostólicas, o Papa Francisco saudou os jornalistas no voo rumo ao Iraque, nesta sexta-feira, 5. São 74 jornalistas de 15 países, sendo que 14 desses profissionais da imprensa estão pela primeira vez em um voo papal.
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O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, introduziu as palavras do Papa. Destacou os 15 meses desde a última viagem e as adaptações necessárias, como o uso de máscara. “Todos devemos respeitar as medidas sanitárias”, frisou.
Francisco agradeceu pela companhia dos jornalistas e ressaltou sua alegria por retomar as viagens, definindo esta como emblemática.
“Esta é uma viagem emblemática. É também um dever para com uma terra martirizada há tantos anos. Obrigado por me acompanharem. Procurarei seguir as indicações e não dar a mão um por um, mas não quero ficar longe: passarei para cumprimentá-los de perto. Muito obrigado.”
O Papa também expressou tristeza pela ausência da jornalista mexicana Valentina Alazraki, que acompanha as viagens papais há cerca de 40-50 anos. “Mas esperamos vê-la na próxima viagem”, concluiu.
Prêmio para o Papa
Também durante o voo, os jornalistas conferiram ao Papa o Prêmio de Jornalismo Maria Grazia Cutuli, intitulado à jornalista italiana morta há 20 anos no Afeganistão. Trata-se de um reconhecimento pela última mensagem do Pontífice para o Dia Mundial das Comunicações Sociais.
Os jornalistas se sentiram tocados com a parte em que Francisco fala do risco de uma “informação construída nas redações”, sem “gastar a sola dos sapatos”, “sem encontrar pessoas para procurar histórias ou verificar com os próprios olhos determinadas situações”.
Francisco é definido no certificado como um “Enviado Especial” que, “gastando os sapatos, percorre as ruas do mundo em nome da Fé, da Fraternidade e da Paz”.