O famoso vulcão Nyiragongo, perto da cidade de Goma, entrou repentinamente em erupção na noite de sábado
Da Redação, com Vatican News – com Agências
Entre os vários apelos no Regina Coeli deste domingo, 23, o Papa Francisco também dirigiu seu pensamento à população da República Democrática do Congo. Na cidade de Goma, as pessoas foram atingidas pela erupção de um vulcão no início da noite de sábado.
“Rezemos também pela população da cidade de Goma, na República Democrática do Congo, obrigada a fugir devido à erupção do grande vulcão Nyiragongo”, disse Francisco.
A erupção começou na noite de sábado, obrigando milhares de pessoas a abandonar a cidade. Ao menos três mil pessoas fugiram em direção a Ruanda, segundo uma TV local. Na precedente grande erupção, ocorrida em 17 de janeiro de 2002, toda a parte leste da cidade ficou coberta de lava, matando mais de 100 pessoas. Já em 1977, a erupção do vulcão de três mil metros havia causado a morte de 600 pessoas.
O vulcão continuou a expelir lava durante toda a noite. O fluxo de lava desceu dos flancos do vulcão e parou nos subúrbios da cidade. As autoridades locais relatam que a lava atingiu a pista do aeroporto. Fogo e vapores fortes emanam da frente de lava rochosa, enegrecida e sempre instável. Vários tremores foram sentidos em Goma desde o amanhecer deste domingo.
Desdobramentos
O fornecimento de energia elétrica foi interrompido em grande parte da cidade. “A situação está se deteriorando”, disse um funcionário do Parque Nacional de Virunga, onde está localizado o vulcão.” O governo a ativou o plano de evacuação da cidade de Goma.
Na estrada a sudoeste da cidade em direção à localidade de Sake, região de Masisi, onde milhares de pessoas que fugiam da erupção repentina se refugiaram durante a noite, muitos preferiram esperar. “Não estamos convencidos de que a erupção vá acabar repentinamente, então esperamos”, explicou um pai de família.
“As pessoas estão voltando aos poucos para suas casas, a situação está bastante calma por enquanto”, testemunhou um morador”. “Mas a população ainda está com medo, está envergonhada porque as autoridades não fizeram nenhum comunicado esta manhã”, acrescentou.
O presidente do país, Felix Tshisekedi, anunciou que interromperá a sua viagem diplomática à Europa para retornar à sua terra natal e “supervisionar a coordenação dos esforços de socorro”. O mandatário acompanha de perto a evolução da situação humanitária e de segurança no Kivu do Norte.