No final da Audiência Geral, Francisco recordou o povo “martirizado” do país do Leste Europeu e fez um apelo pela paz no Oriente Médio
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco recordou a Ucrânia – onde as pessoas estão passando por “um inverno rigoroso” – e a Terra Santa – onde as pessoas “sofrem muito”, após a Catequese desta quarta-feira, 27. Há alguns dias, o Pontífice afirmou que nestes dois locais se vive “o fracasso da humanidade”.
Na Audiência Geral, o Santo Padre cumprimentou todos os fiéis presentes na Praça São Pedro: jovens, religiosas, sacerdotes, casais, grupos de peregrinos. Antes da bênção final, voltou o olhar para a Ucrânia, que se prepara para passar por um inverno rigoroso por causa dos cortes de energia e a paralisação da rede elétrica devido aos ataques russos. Milhares de pessoas estão sem eletricidade e aquecimento, enquanto as primeiras nevascas já atingiram a capital Kiev e outras cidades, junto com ondas de mau tempo. “Não nos esqueçamos do martirizado povo ucraniano. Sofre muito”, sublinhou.
Uma oração pelos jovens ucranianos
Francisco dirigiu-se aos adolescentes sentados ao seu lado durante a audiência. São alunos do Colégio Saint Michel des Batignolles de Paris, de 12 a 13 anos, que se preparam para receber o Sacramento da Confirmação.
“Vocês, crianças, adolescentes, pensem nas crianças e adolescentes ucranianos que sofrem neste tempo sem aquecimento com um inverno muito rigoroso”, disse a eles e a todos os jovens presentes na praça ou ligados nas redes sociais. “Rezem pelas crianças ucranianas, sim? Vocês rezarão? Todos vocês, não se esqueçam”.
Paz na Terra Santa
Com a mesma atenção, o Papa pediu orações pela Terra Santa – após o anúncio de uma trégua entre Israel e Hezbollah, no Líbano. Francisco insiste em pedir que se reze continuamente para que a paz volte à Terra de Jesus.
“Rezemos também pela paz na Terra Santa, em Nazaré, na Palestina, em Israel, que haja paz, que haja paz. As pessoas sofrem muito. Rezemos pela paz, todos juntos.
Alegria do Evangelho no mundo mergulhado na tristeza
Na saudação aos peregrinos poloneses, o Pontífice fez um convite a todos os fiéis a serem “caridosos e agentes de paz, apoiando aqueles que estão mal e sofrem por causa das guerras”. Um convite expresso também na saudação aos fiéis franceses: “Em nosso mundo, imerso na tristeza das guerras e das várias crises, anunciamos a alegria do Evangelho através de nossa vida transfiguradas pela presença de Deus.”
Tradução para o chinês da catequese
Visivelmente alegre, o Papa anunciou que, a partir da próxima semana, antes do Advento, algo novo acontecerá na Audiência Geral: pela primeira vez, haverá a tradução da catequese em chinês. Uma forma de fazer chegar a palavra do Bispo de Roma aos fiéis daquela nação que Francisco sempre definiu como “um país nobre”.