Conflito no sul do Cáucaso

Papa reza pela paz em Nagorno Karabakh: “calem-se as armas”

Azerbaijão iniciou uma operação militar em Nagorno Karabakh, região separatista, na terça-feira, 19

Da Redação, com Vatican News

Registro de estragos em carros e em prédio residencial após a operação militar em Nagorno-Karabakh / Foto: Siranush Sargsyan/PAN Photo via REUTERS

Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, 20, o Papa Francisco deixou um apelo em prol da paz em Nagorno Karabakh, na região do sul do Cáucaso. O Pontífice pediu que se silenciem as armas e se encontrem soluções pacíficas.

“Ontem, recebi notícias preocupantes de Nagorno Karabakh, no sul do Cáucaso, onde a já crítica situação humanitária é agora agravada por novos confrontos armados. Faço um apelo mais uma vez a todas as partes envolvidas e à Comunidade internacional para que se calem as armas e se faça todos os esforços para encontrar soluções pacíficas para o bem das pessoas e o respeito pela dignidade humana.”

O Azerbaijão iniciou uma operação militar no sul do Cáucaso na terça-feira, 19. O Ministério da Defesa do Azerbaijão anunciou a operação militar, definindo-a uma ação “antiterrorista” contra os ataques contínuos das forças armênias e depois que vários civis e policiais azerbaijanos morreram na explosão de uma mina nos últimos dias.

De acordo com vários meios de comunicação, o Exército azerbaijano bombardeou Stepanakert, a principal cidade do sul do Cáucaso sob controle armênio, e outras posições armênias. As autoridades armênias relataram duas mortes de civis, incluindo uma criança, e 23 feridos, enquanto as autoridades do Azerbaijão relataram a morte de um cidadão em Shusha, uma importante cidade da região, após um ataque de artilharia.

O apelo das Nações Unidas

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, “pede com veemência o fim imediato dos combates, a redução da escalada e a observância mais rigorosa do cessar-fogo de 2020 e dos princípios do direito humanitário internacional”. A informação foi dada pelo seu porta-voz, Stéphane Dujarric, acrescentando que o secretário-geral da ONU está “extremamente preocupado com o uso da força militar na região e com os relatos de vítimas, inclusive entre a população civil”.

 

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