Audiência no Vaticano

Papa ressalta papel de instituições bancárias em prol da economia de paz

Francisco recebeu cerca de 400 representantes de algumas instituições bancárias italianas, ocasião em que reforçou o pedido de manter o nível de justiça social

Da Redação, com Vatican News

Foto: Jakub Porzycki via Reuters Connect

Nesta segunda-feira, 16, o Papa Francisco recebeu, em audiência, delegações de algumas instituições bancárias italianas, na Sala Clementina, no Vaticano. O Pontífice enfatizou que a Igreja sempre demonstrou uma atenção particular às experiências bancárias a nível popular.

Francisco declarou que o crédito bancário conseguiu apoiar muitas atividades econômicas, tanto no campo da agricultura quanto no da indústria e do comércio. “Infelizmente, no mundo globalizado, as finanças não têm mais um rosto e se distanciaram da vida das pessoas. Quando o único critério é o lucro, temos consequências negativas para a economia real”, observou.

O Papa afirmou ainda que há multinacionais que transferem suas operações para locais onde é mais fácil explorar a mão de obra, colocando famílias e comunidades em dificuldade. “Há um financiamento que corre o risco de usar critérios, quando favorece aqueles que já estão garantidos e exclui aqueles que estão em dificuldades que precisam de apoio com crédito”, expressou.

“O risco que vemos é a distância dos territórios”, acrescentou o Santo Padre apontando para as pessoas que se sentem abandonadas. “Há uma finança que capta recursos em um local e os transfere para outras áreas com o único objetivo de aumentar seus próprios interesses”, frisou.

Impacto das finanças na vida das pessoas

O Santo Padre reforçou o impacto que a economia e as finanças trazem sobre os territórios e também no âmbito civil, religioso e familiar. “As instituições bancárias têm grandes responsabilidades de incentivar o pensamento inclusivo e apoiar uma economia de paz. O Jubileu que está se aproximando nos lembra da necessidade de perdoar as dívidas. Essa é a condição para gerar esperança e um futuro na vida de muitas pessoas, especialmente dos pobres. Eu os incentivo a semear confiança. Não se cansem de acompanhar e manter o nível de justiça social.”

O Pontífice concluiu desejando aos representantes dos Institutos bancários que sejam portadores de esperança para muitos que a eles recorrem buscando sair de tempos difíceis ou relançar seus negócios. Francisco abençoou os presentes e seus entes queridos, pedindo que não se esqueçam de orar por ele.

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