Na Praça São Pedro, diante de milhares de fiéis e peregrinos, o Pontífice recordou as principais etapas de sua recente visita à Romênia
Da redação, com Vatican News
Chegada do Papa Francisco para a Audiência Geral desta quarta-feira, 5/ Foto: Vatican Media
A recente viagem do Papa Francisco à Romênia foi o tema da Audiência Geral desta quarta-feira, 5. Na Praça São Pedro, diante de milhares de fiéis e peregrinos, o Pontífice recordou as principais etapas de sua visita, agradecendo inicialmente às autoridades pelo êxito positivo desta missão. O lema da viagem, “caminhar juntos”, foi concretizado no programa.
“Os diversos encontros evidenciaram o valor e a exigência de caminhar juntos seja entre cristãos, no plano da fé e da caridade, seja entre os cidadãos, no plano do compromisso civil”, comentou o Santo Padre. Francisco considera que os cristãos estão vivendo “a graça de viver uma estação de relações fraternas entre as diversas Igrejas”.
Sobre a união entre os cristãos, o Papa reforçou: “mesmo incompleta, está baseada no único Batismo e é selado pelo sangue e pelo sofrimento sofrido juntos nos tempos obscuros da perseguição, em especial no século passado sob o regime ateísta”.
Leia mais
.: Todas as matérias da Viagem do Papa à Romênia
De modo especial, o Papa citou a oração do Pai-Nosso na Catedral Ortodoxa de Bucareste com o Patriarca Daniel e o Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa Romena. “Este foi um momento de forte valor simbólico, porque o Pai-Nosso é a oração cristã por excelência, patrimônio comum de todos os batizados. Ninguém pode dizer ‘Pai meu’ e ‘Pai seu’. Não. Pai-Nosso, patrimônio comum de todos os batizados. Manifestamos que a unidade não cancela as legítimas diversidades. Possa o Espírito Santo nos conduzir a viver sempre mais como filhos de Deus e irmãos entre nós”, revelou o Santo Padre
Falando sobre a comunidade católica local de rito grego e latino, Francisco citou os momentos em comum, sendo um deles a Divina Liturgia em Blaj, com a beatificação de sete bispos mártires greco-católicos, perseguidos pelo então regime comunista. Um deles, Dom Iuliu Hossu, durante a prisão escreveu: “Deus nos mandou nessas trevas do sofrimento para dar o perdão e rezar pela conversão de todos”. “Pensando nas terríveis torturas a que foram submetidos, essas palavras são um testemunho de misericórdia”, afirmou o Pontífice.
A última etapa da viagem foi a visita à comunidade cigana de etnia Rom de Blaj. “Nesta cidade, os Rom são muito numerosos, e por isso quis saudá-los e renovar o apelo contra toda discriminação e pelo respeito das pessoas de qualquer etnia, língua e religião”, comentou o Santo Padre. O Papa concluiu a Audiência Geral pedindo a intercessão da Virgem Maria para que a Viagem Apostólica traga abundantes frutos para a Romênia e para a Igreja naquelas terras.
Notícias Relacionadas
Canção Nova participa de encontro da Fraternidade Católica em Roma
Papa aos juízes: que a injustiça não tenha a última palavra
Dom Ignazio Sanna é o novo presidente da Pontifícia Academia Teológica
Vaticano convoca fiéis para Vigília de Pentecostes com o Papa
Papa encerra viagem à Romênia e reforça união com ortodoxos
