No encontro com Patriarca da Igreja Assiria do Oriente, Francisco falou do sofrimento em virtude da guerra e da situação de cristãos e minorias religiosas
Jéssica Marçal
Da Redação
O drama vivido pelos cristãos no Oriente Médio foi recordado pelo Papa Francisco, nesta quinta-feira, 2, na audiência com o Catholicos Patriarca da Igreja Assíria do Oriente, Mar Dinkha IV.
Francisco destacou o sofrimento partilhado por ambas as partes em decorrência das guerras que atingem o Oriente Médio. Ele mencionou a violência contra os cristãos e as minorias religiosas, em especial no Iraque e na Síria.
“Não há razões religiosas, políticas ou econômicas que possam justificar isso que está acontecendo com centenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes”, disse.
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Esse encontro com Mar Dinkha IV é, segundo o Papa, um passo a mais no caminho de crescente proximidade e comunhão espiritual entre a Igreja Católica e a Igreja Assíria do Oriente. Francisco citou a Declaração Cristológica escrita pelo Patriarca e por João Paulo II, que foi um marco no caminho rumo à plena comunhão.
“Desejo assegurar-lhe o meu empenho pessoal em continuar a caminhar ao longo deste caminho, aprofundando as relações de amizade e de comunhão que existem entre a Igreja, Roma e a Igreja Assíria do Oriente”.
O Papa também disse acompanhar o trabalho da Comissão mista para o diálogo teológico entre as duas Igrejas. Ele destacou que aquilo que as une é muito maior que aquilo que as separa.
“Por esse motivo, sintamo-nos impelidos pelo Espírito a trocar, desde agora, os tesouros espirituais das nossas tradições eclesiais para viver como verdadeiros irmãos, partilhando os dons que o Senhor não cessa de dar às nossas Igrejas, como sinal da sua bondade e misericórdia”.
A crise no Oriente Médio é pauta do encontro que começa hoje, no Vaticano, e termina no sábado, 4, reunindo núncios apostólicos da região.