Documento raro é datado de 1400 e consta pregações do frade italiano; Doação foi feita pela Fundação “Gaudium Magnum – Maria e João Cortez de Lobão”
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco recebeu um raro manuscrito do ano de 1400 de São Bernardino de Sena. Ele será destinado à Biblioteca Apostólica do Vaticano.
A doação foi feita pela Fundação “Gaudium Magnum – Maria e João Cortez de Lobão”. Ela aconteceu durante uma audiência que contou com a presença do casal Maria e João Cortez de Lobão e familiares, além do cardeal José Tolentino de Mendonça.
Manuscrito raro
Em artigo assinado, o arcebispo Cesare Pasini, prefeito da biblioteca, explica que se trata de um rígido códice de mais de 440 páginas. Ele foi “escrito não muito depois de 1423 em um minúsculo script semigótico com elementos ocasionais em tinta vermelha (iniciais e rubricas)”, afirmou o prelado.
Dom Pasini conta ainda que o manuscrito “é uma das raras testemunhas de uma coleção, transmitida, pelo que se sabe, apenas por três outros exemplares, respectivamente preservados na Biblioteca ‘Medicea Laurenziana’ de Florença, na Biblioteca Ambrosiana de Milão e na Biblioteca Municipal em Assis”.
Novo item da Biblioteca do Vaticano
O novo exemplar, até então desconhecido, agora fará parte da Biblioteca do Vaticano. Ele será guardado, consultado e estudado.
O prefeito afirma ainda que ele poderá ser encontrado ao lado dos manuscritos de São Bernardino. Eles fazem da Biblioteca do Vaticano, junto àquelas da cidade de Siena, na Itália, o lugar mais rico para a preservação do material de autoria do santo.
Quem era Bernardino de Sena?
A biografia do santo frade franciscano lembra sobre a disposição de Bernardino de Sena em assumir cargos de responsabilidade na sua Ordem, mas, sobretudo, de propagar a devoção ao nome de Jesus, viajando pelo centro e norte da Itália e pregando por toda parte.
“Multidões se reuniam para ouvir os seus apaixonados convites à conversão e à pacificação”, conta Dom Pasini. São Bernardino sentia a pregação como sendo “a sua vocação e o seu dever inevitável: uma pregação concreta e simples, astuta e incisiva”, finaliza o prefeito da Biblioteca Vaticana.