Audiência com Maria Luisa Berti e Manuel Ciavatta, ambos chefes de Estado de San Marino, aconteceu na manhã desta segunda-feira, 20, no Vaticano
Da redação, com Vatican News
Entre a série de audiências previstas para esta segunda-feira, 20, o Papa Francisco recebeu, no Palácio Apostólico os Capitães Regentes da República de San Marino, Maria Luisa Berti e Manuel Ciavatta, junto com a sua comitiva. Em seguida, segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, a delegação encontrou o secretário de Estado, o Cardeal Pietro Parolin, acompanhado do subsecretário de Relações com os Estados, Dom Mirosław Wachowski.
Os “capitães regentes” são eleitos por voto indireto para presidir o micro-Estado de pouco mais de 30 mil habitantes durante seis meses, conforme a tradição. É a única república do mundo a ter dois chefes de Estado e a trocá-los a cada seis meses.
A pauta das audiências
Durante os colóquios no Vaticano, foram discutidas questões internacionais, com particular atenção à evolução do conflito na Ucrânia, às relações com a Europa e à migração, como foi expressa a vontade comum de reforçar a colaboração no âmbito da diplomacia multilateral.
As partes também destacaram o fortalecimento das relações bilaterais entre a Santa Sé e a República de San Marino, um enclave situado ao norte da Itália. O pequeno país – do tamanho da ilha de Manhattan, em Nova York, com 61 Km de extensão territorial – faz fronteira com as províncias italianas da Emília-Romagna e Marche. A república mais antiga do planeta tem como capital a Cidade de San Marino, mantém o italiano como língua oficial e usa o euro como moeda, mesmo não sendo membro da União Europeia.
Os presentes
No momento da troca de presentes, o Papa Francisco ofereceu dois azulejos de cerâmica pintados à mão com esmaltes de fogo e os documentos papais: a Mensagem para a Paz 2023, o Documento sobre a Fraternidade Humana assinado em Abu Dhabi e o livro sobre a Statio Orbis de 27 de março de 2020. Os capitães regentes retribuíram com um conjunto de vestes para o altar realizado pelas religiosas do convento de clausura de Santa Clara, em San Marino, junto com uma obra de um artista contemporâneo que retrata a face de Jesus impressa em prata e colocada na madeira de oliveira.