Porta-voz do Vaticano revelou a sintonia do encontro entre o Santo Padre e a Nobel da Paz 1991
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco reza por Mianmar (Ásia) e encoraja e aprecia a contribuição à democracia e à paz dada por Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz em 1991. Ela foi recebida em audiência pelo Santo Padre na manhã de segunda-feira, 28, no Vaticano.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, falou aos jornalistas informando sobre o encontro. Ele expressou “grande sintonia” entre o Papa e essa figura simbólica no mundo asiático.
Houve uma “sintonia fundamental” entre o Papa Francisco e a líder da oposição birmanesa, Aung San Suu Kyi, sobre temas que o Pontífice tem à frente, como “a cultura do encontro” e o diálogo inter-religioso, informou o porta-voz Vaticano. Ele acrescentou que o encontro foi de grande cordialidade entre o Papa e a Nobel da Paz, que viveu anos de restrição à liberdade pessoal devido à sua atuação vivida de modo não-violento em defesa dos direitos humanos e da democracia.
Padre Lombardi informou ainda que o Santo Padre manifestou todo seu apreço pelo compromisso da líder da oposição birmanesa em favor do desenvolvimento da democracia no país, assegurando o empenho da Igreja por esta causa, sem nenhum tipo de discriminação, porque a Igreja está a serviço de todos com as suas atividades caritativas.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé recordou que é conhecida a atenção do Papa Francisco pela Ásia e o desejo do Santo Padre de visitar aquele continente.”O Santo Padre me disse que emoções como ódio e medo diminuem a vida e o valor das pessoas. Devemos valorizar o amor e a compreensão para melhorar a vida dos povos”, afirmou San Suu Kyi durante uma coletiva de imprensa com a ministra das Relações Exteriores da Itália, Emma Bonino, falando da audiência com o Santo Padre.
A líder da oposição birmanesa, que também encontrou-se com os chefes de Governo e de Estado italianos, o Premier Enrico Letta, e o Presidente Giorgio Napolitano, se disse “comovida” com o acolhimento que recebeu na Itália.
“Faço votos de que vocês permaneçam ao nosso lado”, auspiciou, recordando que para Mianmar se tornar um país verdadeiramente democrático é preciso “modificar a Constituição”.