Francisco se encontrou com familiares das vítimas da explosão no Armazém 12 – no Porto de Beirute, ocorrida quatro anos atrás
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco encontrou, na manhã desta segunda-feira, 26, no Vaticano, com os familiares das vítimas da explosão no porto de Beirute, no Líbano, ocorrida quatro anos atrás. “Rezei muito por vocês e por seus caros, e ainda rezo, unindo as minhas lágrimas às suas. Hoje, agradeço a Deus por poder encontrá-los e expressar pessoalmente a minha proximidade”, disse.
O Pontífice consolou os presentes afirmando que o Pai celeste conhece uma por uma das vítimas, citando de modo especial uma criança de nome Alexandra. “Com vocês, peço verdade e justiça, que não chegou: verdade e justiça”, frisou. Ele também reconheceu que a questão é complicada e espinhosa, já que pesam sobre ela poderes e interesses conflituosos.
“A verdade e a justiça devem prevalecer sobre tudo”, reafirmou. “Passaram-se quatro anos. O povo libanês, e vocês por primeiro, têm direito a palavras e fatos que demonstrem responsabilidade e transparência”.
Guerra
Na sequência, Papa fez uma menção à guerra entre Palestina e Israel, da qual o Líbano também paga um preço. Ele recordou que toda guerra deixa o mundo pior do que antes, pois se trata de uma falência da política e da humanidade.
“Com vocês, imploro do Céu a paz que os homens custam a construir na terra”, ressaltou Francisco, acrescentando que o Líbano é e deve permanecer um projeto de paz, o país é em si uma mensagem de paz, como diziam seus predecessores, mas que hoje está martirizado.
Por fim, o Pontífice manifestou seu agradecimento aos membros da Igreja libanesa que estiveram e estão ao lado dos que sofrem. “Vocês não estão sós e não os deixaremos sós, mas permaneceremos solidários através da oração e da caridade concreta”, garantiu.
“Em vocês vejo a dignidade da fé, a nobreza da esperança”, continuou o Santo Padre. Os cedros, símbolo do país, são um convite a elevar o olhar ao Céu, “em Deus está a nossa esperança, aquela que não desilude”. “Que a Virgem Maria, do seu Santuário de Harissa, sempre proteja vocês e o povo libanês”, concluiu o Papa, concedendo sua bênção apostólica.