Papa pede que jovens rejeitem cultura do provisório

Em mensagem para JMJ 2014, em nível diocesano, Francisco explica aos jovens o que significa ser “pobre em espírito”

Jéssica Marçal
Da Redação

Papa pede que jovens rejeitem cultura do provisório

Papa encoraja jovens a terem grandes ideiais, sem se contentar com “felicidade a baixo preço” / Foto: Arquivo

O Vaticano publicou nesta quinta-feira, 6, a mensagem do Papa Francisco para a 29ª Jornada Mundial da Juventude, que será realizada em 13 de abril de 2014 em âmbito diocesano. O tema da mensagem vem do Evangelho de Mateus: “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu” (Mt 5, 3).

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: Íntegra da mensagem

Até a JMJ 2016, na Polônia, que será em âmbito internacional, o Pontífice quer refletir com os jovens sobre as Bem-aventuranças, que trazem, segundo ele, uma novidade revolucionária. Isso porque propõem um modelo de felicidade oposto ao que é comumente transmitido pelo mundo.

“Queridos jovens, Jesus interpela-nos para que respondamos à sua proposta de vida, para que decidamos qual estrada queremos seguir a fim de chegar à verdadeira alegria. Trata-se dum grande desafio de fé”.

O Papa encoraja os jovens a desejarem coisas grandes, ampliarem seus corações, o que os fará rejeitarem as numerosas ofertas de felicidade “a baixo preço” que se encontram ao seu redor.

“Tende a coragem de ir contra a corrente. Tende a coragem da verdadeira felicidade! Dizei não à cultura do provisório, da superficialidade e do descartável, que não vos considera capazes de assumir responsabilidades e enfrentar os grandes desafios da vida”.

Francisco também explica aos jovens o significado de ser “pobres em espírito”, recordando que o próprio Cristo escolheu um caminho de pobreza, de despojamento e citando também São Francisco de Assis, que imitou a pobreza de Cristo e Seu amor pelos pobres.

Para transformar essa pobreza em estilo de vida, o Papa indica aos jovens três pontos: ser sóbrio, não se deixando levar pela cultura do consumo; colocar a solidariedade no centro da cultura humana e aprender com a sabedoria dos pobres.

“Os pobres não são pessoas a quem podemos apenas dar qualquer coisa. Eles têm tanto para nos oferecer, para nos ensinar. (…) Ensinam-nos que uma pessoa não vale por aquilo que possui, pelo montante que tem na conta bancária. (…) Os pobres podem ensinar-nos muito também sobre a humildade e a confiança em Deus”.

A pobreza em espírito orienta a relação com Deus, lembrou Francisco, dizendo que há uma relação entre pobreza e evangelização. Neste ponto, ele retoma o tema da última Jornada: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19)

“O Senhor quer uma Igreja pobre, que evangelize os pobres. A pobreza evangélica é condição fundamental para que o Reino de Deus se estenda. As alegrias mais belas e espontâneas que vi ao longo da minha vida eram de pessoas pobres que tinham pouco a que se agarrar. A evangelização, no nosso tempo, só será possível por contágio de alegria”.

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