Papa pede “educação à solidariedade” para acabar com a fome

Francisco enfatizou que a sociedade não pode se acostumar com o problema da fome, mas sim tornar-se mais solidária

Jéssica Marçal
Da Redação

Papa pede “educação à solidariedade” para acabar com a fome

Papa destacou necessidade de uma sociedade mais solidária e com menos desperdício para acabar com a fome / Foto: Arquivo

É um escândalo que ainda exista fome e desnutrição no mundo. Com essas palavras de indignação o Papa Francisco dirigiu-se ao diretor geral da FAO, órgão da ONU para Alimentação e Agricultura, José Graziano da Silva. Na mensagem escrita por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, Francisco pede o fim da cultura do descartável e defende que a sociedade seja educada para a solidariedade.

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:Íntegra da mensagem do Papa

Francisco fala do problema da fome e da má nutrição como dois dos mais sérios desafios para a humanidade. Ele destaca o aspecto paradoxal da globalização, que ao mesmo tempo em que permite conhecer diversas realidades e relacionamento humano, parece tender ao individualismo.

Mas mesmo diante dessa tendência à indiferença, o Santo Padre enfatiza que a sociedade não pode se acostumar com o problema da fome. Antes, ele julga como necessária a educação à solidariedade, a fim de que esta se torne atitude básica nas escolhas em nível político, econômico e financeiro.

Sobre o tema escolhido pela FAO para este ano – “Sistemas alimentares sustentáveis para a segurança alimentar e a nutrição” – o Papa considera-o como um convite a repensar os sistemas alimentares em uma perspectiva solidária. Isso implica em uma mudança no estilo de vida, em tantos lugares marcado pelo desperdício de alimento.

“Mas o desperdício de alimentos não é nada mais que um dos frutos da ‘cultura do descartável’ que muitas vezes leva a sacrificar homens e mulheres aos ídolos do lucro e do consumo; um triste sinal daquela ‘globalização da indiferença’, que nos faz habituar-nos lentamente ao sofrimento do outro, como se fosse normal”.

E para combater essa triste realidade, o Papa reforçou, além da educação à solidariedade, a importância da família, primeira comunidade educativa onde se aprende a cuidar do outro. “Apoiar e proteger a família a fim de que eduque à solidariedade e ao respeito é um passo decisivo para caminhar rumo a uma sociedade mais igualitária e humana”.

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