Francisco agradeceu aos membros da Fidesco, uma ONG católica, pelos 40 anos de serviço na promoção do desenvolvimento integral das pessoas nos países pobres
Da redação, com Vatican News
O grito dos pobres que ecoa dentro de nós nos estimula a sairmos do nosso caminho para tocar as feridas de Cristo nelas. Isso ajuda a criarmos um mundo melhor e estabelecer o Reino de Deus.
O Papa Francisco fez esta observação neste sábado, 20, quando se encontrou com uma delegação da Fidesco, uma organização católica não governamental internacional que envolve seus voluntários e suas habilidades profissionais em projetos de desenvolvimento nos países pobres do mundo.
A organização foi fundada em 1981 pela Comunidade Emmanuel a pedido de bispos africanos e atua em áreas como os setores médico e paramédico, educação, serviço social, gestão, agricultura e comércio técnico e manual, prestando seus serviços a todos, independentemente de diferenças religiosas, étnicas ou culturais.
A paixão do Senhor nos pobres
Encontrando um grupo de voluntários e funcionários da Fidesco por ocasião do seu 40º aniversário, o Papa desejou que sua visita a Roma durante o período penitencial da Quaresma os ajudasse a voltar com maior entusiasmo e alegria para servir seus irmãos e irmãs. Ele disse que, embora estejam longe, menos afortunados, mais desfavorecidos e tenham menos oportunidades, são igualmente amados por Deus e dotados de dignidade.
Observando que o tempo da Quaresma culmina com a contemplação da Paixão do Senhor, disse “o Cristo sofredor está presente nos pobres, nos excluídos, nos enfermos e nos famintos que carregam consigo o mistério da Cruz”. Essa percepção, acrescentou ele, os ajudará a descobrir a origem de sua missão.
O Santo Padre convidou os membros da Fidesco a conservarem a maravilha, o fascínio e o entusiasmo de viver o Evangelho da fraternidade no meio de sua missão. Isso os ajudará nos momentos mais difíceis de solidão, desânimo e decepção.
Desenvolvimento integral
O Papa também lhes agradeceu o serviço missionário e o testemunho de Cristo, “que veio para salvar todos as pessoas e povos”. O Papa lembrou que o grupo visa o desenvolvimento integral das pessoas, cuidando não só de suas necessidades materiais, mas também de sua integração social, de seu crescimento intelectual, cultural e espiritual, dando a cada pessoa sua dignidade.
Ressaltou ainda a importância da doutrina social da Igreja, dizendo que “é mais importante do que nunca hoje para os fiéis de Cristo serem testemunhas de ternura e compaixão”.
“Ouvir o grito dos pobres que ressoa dentro de nós, deixar-nos provocar pelo sofrimento dos outros e nos esforçar para tocar nas suas feridas, que são as feridas de Cristo”, disse o Papa, “não só nos faz participar na construção de um mundo mais belo, mais fraterno e mais evangélico, mas também fortalece a Igreja em sua missão de acelerar o estabelecimento do Reino de Deus”.