SOLIDARIEDADE

Papa: ouvir o grito dos pobres nos faz partícipes de um mundo melhor

Francisco agradeceu aos membros da Fidesco, uma ONG católica, pelos 40 anos de serviço na promoção do desenvolvimento integral das pessoas nos países pobres

Da redação, com Vatican News

O Papa Francisco, num encontro com a ONG Fidesco, recordou a importância do trabalho missionário junto aos mais necessitados / Foto: Imagem de Ben Kerckx por Pixabay

O grito dos pobres que ecoa dentro de nós nos estimula a sairmos do nosso caminho para tocar as feridas de Cristo nelas. Isso ajuda a criarmos um mundo melhor e estabelecer o Reino de Deus.

O Papa Francisco fez esta observação neste sábado, 20, quando se encontrou com uma delegação da Fidesco, uma organização católica não governamental internacional que envolve seus voluntários e suas habilidades profissionais em projetos de desenvolvimento nos países pobres do mundo.

A organização foi fundada em 1981 pela Comunidade Emmanuel a pedido de bispos africanos e atua em áreas como os setores médico e paramédico, educação, serviço social, gestão, agricultura e comércio técnico e manual, prestando seus serviços a todos, independentemente de diferenças religiosas, étnicas ou culturais.

A paixão do Senhor nos pobres

Encontrando um grupo de voluntários e funcionários da Fidesco por ocasião do seu 40º aniversário, o Papa desejou que sua visita a Roma durante o período penitencial da Quaresma os ajudasse a voltar com maior entusiasmo e alegria para servir seus irmãos e irmãs. Ele disse que, embora estejam longe, menos afortunados, mais desfavorecidos e tenham menos oportunidades, são igualmente amados por Deus e dotados de dignidade.

Observando que o tempo da Quaresma culmina com a contemplação da Paixão do Senhor, disse “o Cristo sofredor está presente nos pobres, nos excluídos, nos enfermos e nos famintos que carregam consigo o mistério da Cruz”. Essa percepção, acrescentou ele, os ajudará a descobrir a origem de sua missão.

O Santo Padre convidou os membros da Fidesco a conservarem a maravilha, o fascínio e o entusiasmo de viver o Evangelho da fraternidade no meio de sua missão. Isso os ajudará nos momentos mais difíceis de solidão, desânimo e decepção.

Desenvolvimento integral

O Papa também lhes agradeceu o serviço missionário e o testemunho de Cristo, “que veio para salvar todos as pessoas e povos”. O Papa lembrou que o grupo visa o desenvolvimento integral das pessoas, cuidando não só de suas necessidades materiais, mas também de sua integração social, de seu crescimento intelectual, cultural e espiritual, dando a cada pessoa sua dignidade.

Ressaltou ainda a importância da doutrina social da Igreja, dizendo que “é mais importante do que nunca hoje para os fiéis de Cristo serem testemunhas de ternura e compaixão”.

“Ouvir o grito dos pobres que ressoa dentro de nós, deixar-nos provocar pelo sofrimento dos outros e nos esforçar para tocar nas suas feridas, que são as feridas de Cristo”, disse o Papa, “não só nos faz participar na construção de um mundo mais belo, mais fraterno e mais evangélico, mas também fortalece a Igreja em sua missão de acelerar o estabelecimento do Reino de Deus”.

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