MOVIMENTO PRÓ-VIDA

Papa: não se constrói uma sociedade justa eliminando os mais frágeis

Francisco enviou mensagem a membros do Movimento Pró-Vida que estão em peregrinação a Roma por ocasião do aniversário de 50 anos da organização

Da Redação, com Vatican News

Foto: Aditya Romansa via Unsplash

A Santa Sé publicou neste sábado, 8, uma mensagem do Papa Francisco ao Movimento Pró-Vida. O texto é motivado pelo 50º aniversário do movimento cujos membros estão em peregrinação a Roma por ocasião do Jubileu do Mundo do Voluntariado, promovido neste fim de semana.

Na mensagem enviada diretamente do Hospital Gemelli, o Pontífice agradeceu pelos serviços prestados à Igreja e à sociedade. “Junto com a solidariedade concreta, vivida com o estilo de proximidade às mães em dificuldade por uma gravidez difícil ou inesperada, vocês promovem a cultura da vida em sentido amplo”, reconheceu.

Recordando a trajetória do Movimento Pró-Vida desde seu surgimento, em 1975, com a fundação do Centro de Ajuda à vida em Florença, o Santo Padre destacou que “inúmeras iniciativas foram empreendidas para promover a cultura da hospitalidade e dos direitos humanos em todos os níveis da sociedade”. Diante disso, incentivou que se leve adiante “a proteção social da maternidade e a aceitação da vida humana em todas as suas fases”.

“Sim” à vida

Francisco pontuou que, apesar da redução de alguns preconceitos ideológicos e o crescimento da sensibilidade ao cuidado da criação cresceu entre os jovens, infelizmente a cultura do desperdício se espalhou. Desta forma, sublinhou a necessidade de “pessoas de todas as idades que se dediquem concretamente ao serviço da vida humana, especialmente quando esta é mais frágil e vulnerável”, uma vez que a vida é sagrada e criada por Deus e que “uma sociedade justa não se constrói eliminando crianças não nascidas indesejadas, idosos que não são mais independentes ou doentes incuráveis”.

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O Papa salientou que o “sim” à vida é um “sim” à civilização do amor, à renovação da sociedade civil. “O seu compromisso, em harmonia com o de toda a Igreja, aponta para uma projetualidade diferente, que coloca a dignidade da pessoa no centro e favorece os mais frágeis”, enfatizou.

Neste contexto, o Pontífice apontou que “o concebido representa, por excelência, todo homem e mulher que não conta, que não tem voz”. Assim, “colocar-se ao seu lado significa ser solidário com todos os descartados do mundo, e o olhar do coração que o reconhece como um de nós é a alavanca que move essa projetualidade”, declarou.

Por fim, o Pontífice deu ênfase ao papel das mulheres e sua capacidade de acolhida, de generosidade e de coragem. “As mulheres devem poder contar com o apoio de toda a comunidade civil e eclesial, e os Centros de Ajuda para a Vida podem se tornar um ponto de referência para todos”, concluiu, agradecendo a todos pelos esforços realizados.

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