Perseguição aos cristãos

Papa na festa de Santo Estêvão: muitos ainda morrem pela fé em Jesus

Realidade do martírio foi recordada pelo Pontífice ao rezar o Angelus na festa de Santo Estêvão, primeiro mártir da Igreja

Da Redação

Papa reza o Angelus na festa de Santo Estêvão / Foto: REUTERS/Remo Casilli

Na Festa de Santo Estêvão, nesta terça-feira, 26, o Papa Francisco recordou a realidade da perseguição e do martírio que ainda se faz presente em tantas partes do mundo. Sua reflexão precedeu a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro

Santo Estêvão foi o primeiro mártir da Igreja, seu martírio está descrito nos Atos dos Apóstolos. Francisco observou que a Palavra o descreve como um homem de boa reputação, que servia em refeitórios e administrava a caridade. Um homem que testemunhava sua fé em Jesus, e isso provocou a ira de seus adversários, que o mataram apedrejado.

Tudo aconteceu diante de Saulo, perseguidor dos cristãos, recordou Francisco. O Pontífice citou um ponto forte que une ambos: por meio do testemunho de Estêvão, Deus já estava preparando no coração de Saulo, sem que ele soubesse, a conversão que o levaria a ser o grande apóstolo Paulo.

“Estêvão, seu serviço, sua oração e a fé que ele proclama, especialmente seu perdão na hora da morte, não são em vão. Parecem terminar em nada, mas, na realidade, seu sacrifício lança uma semente que, correndo em direção oposta das pedras, planta-se, de maneira oculta, no peito de seu pior rival, para transformar seu coração”.

Francisco lamentou o fato de que, ainda hoje, dois mil anos depois, a perseguição continua. Ainda há muitos que sofrem e morrem para dar testemunho de Jesus, bem como aqueles que são penalizados por serem coerentes com o Evangelho.

“Também esses irmãos e irmãs podem parecer fracassados, mas hoje vemos que não é assim. De fato, hoje como ontem, a semente de seus sacrifícios, que parecia morrer, brota e dá frutos, porque Deus, por meio deles, continua a fazer maravilhas (cf. At 18,9-10), a mudar os corações e a salvar os homens.”

O Papa convidou, então, os fiéis a se perguntarem se se interessam por essas pessoas que, em várias partes do mundo, ainda sofrem e morrem pela fé. E concluiu pedindo a intercessão da Virgem Maria: “Maria, Rainha dos mártires, ajude-nos a dar testemunho de Jesus.”

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