Sobre oração do Pai Nosso

Papa na catequese: Deus jamais deixará de nos amar

Francisco prosseguiu o ciclo de reflexões sobre a oração do Pai Nosso; hoje concentrou-se no trecho que fala sobre o perdão

Da Redação, com Vatican News

Como de costume, Papa saúda peregrinos reunidos na Praça São Pedro antes da catequese / Foto: Vatican Media

Na catequese desta quarta-feira, 10, o Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de reflexões sobre a oração do Pai Nosso. A cerca de 15 mil pessoas reunidas na Praça São Pedro, Francisco falou sobre o trecho da oração que diz: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.

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.: Íntegra da catequese

O Papa ressaltou que a posição mais perigosa da vida é a do orgulho: a atitude de quem se coloca diante de Deus pensando que as suas contas com Ele estão em ordem. Nesse ponto, citou o fariseu narrado na parábola de Lucas que, no templo, pensava que estava rezando, quando na verdade estava apenas louvando-se a si mesmo diante de Deus. Já o publicano – um pecador desprezado por todos – não se sente digno sequer de entrar no templo, fica ao fundo e confia-se à misericórdia de Deus. Então Jesus comenta: “Este, o publicano, voltou para casa justificado (isto é, perdoado, salvo); e o outro, não”.

“Há pecados que se veem e outros que passam despercebidos aos olhos dos demais e, por vezes, nem nós próprios nos damos conta. O pior destes é a soberba, o orgulho: o pecado que rompe a fraternidade, levando-nos a presumir que somos melhores do que os outros, que nos faz crer que somos iguais a Deus”.

Diante de Deus, frisou o Papa, todos são pecadores; e não faltam motivos para bater no peito como aquele publicano no templo. “Somos devedores porque recebemos tanto nesta vida: a existência, um pai e uma mãe, a amizade, as maravilhas da Criação… Embora aconteça com todos de ter dias difíceis, temos sempre que lembrar que a vida é uma graça, é o milagre que Deus tirou do nada”.

Francisco acrescentou que o homem também é devedor porque nenhum deles brilha com luz própria, ninguém é capaz de amar com as próprias forças: ama, antes de tudo, porque foi amado; perdoa porque foi perdoado.

“A verdade – concluiu o Papa – é que ninguém ama tanto a Deus como Ele nos amou a nós. Basta fixar Jesus crucificado para vermos a desproporção: amou-nos primeiro e não deixará jamais de nos amar”.

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