Ferida aberta

Papa menciona “Natal de dor” na Terra Santa: próximos com a oração

Em mensagem publicada na rede social X, Pontífice recorda sofrimento de população da região com o conflito entre Israel e o grupo radical Hamas

Gabriel Fontana
Da Redação

Custódio da Terra Santa, frei Francesco Patton, celebra Missa do 1º Domingo do Advento em Belém / Foto: REUTERS/Ammar Awad

O Papa Francisco publicou uma mensagem em seu perfil na rede social X recordando a população da Terra Santa. No breve texto, ele referiu-se à aproximação do Natal, que será celebrado na região em meio à dor da guerra entre Israel e o grupo radical Hamas, iniciada no dia 7 de setembro.

“Para os habitantes da Terra Santa se pré-anuncia um #Natal de dor, de luto. Não queremos deixá-los sozinhos. Estejamos próximos deles com a oração, com a ajuda concreta. O sofrimento de Belém é uma ferida aberta para o Médio Oriente e para o mundo inteiro”, escreveu o Pontífice.

Imagem: Reprodução @Pontifex_pt via X

“Terrorismo”

O conflito, que já deixou milhares de mortos, é frequentemente recordado pelo Santo Padre. Neste domingo, 17, após a oração do Angelus, ele fez novos apelos pela paz, referindo-se às ações realizadas na Terra Santa como “terrorismo” e “guerra”.

Francisco citou especialmente um ataque israelense realizado contra a Paróquia Sagrada Família, em Gaza, no sábado, 16. Duas mulheres, mãe e filha, Nahida e Samar, foram mortas por atiradores de elite, que também deixaram outras pessoas feridas e causaram danos à casa das Irmãs de Madre Teresa no local.

“Alguém diz: ‘É o terrorismo, é a guerra’. Sim, é a guerra, é o terrorismo. É por isso que as Escrituras afirmam que ‘Deus faz cessar as guerras… ele partiu os arcos e quebrou as lanças’. Rezemos ao Senhor pela paz”, manifestou o Papa após a oração mariana.

“Um Natal de dor”

No mesmo sábado do ataque, ele recebeu, em audiência, os integrantes do presépio vivo da Basílica de Santa Maria Maior e falou a eles sobre a celebração do Natal em Belém. Ele pediu que a encenação seja vivida em solidariedade aos irmãos que sofrem com o conflito.

“Para eles se pré-anuncia um Natal de dor, de luto, sem peregrinos, sem celebrações. Não queremos deixá-los sozinhos. Estamos próximos a eles com a oração, com a ajuda concreta e também com o Presépio Vivo de vocês, que recorda a todos como o sofrimento de Belém é uma ferida aberta para o Médio Oriente e para o mundo inteiro”, expressou, na ocasião.

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