Francisco se encontrou com jovens do Movimento Eucarístico Juvenil; respondendo às perguntas dos jovens, ele falou sobre como superar as tensões e conflitos da vida
Da Redação, com informações do Vaticano
Na manhã desta sexta-feira, 7, o Papa Francisco encontrou-se com 1500 jovens do Movimento Eucarístico Juvenil, promovido pelos jesuítas. Francisco respondeu, espontaneamente, a algumas perguntas dos jovens.
Duas palavras, em especial, presentes nas perguntas, tocaram o Santo Padre: “tensão” e “conflito”. Segundo o Papa, tensões e conflitos não envolvem apenas questões de morte, mas também situações vividas no cotidiano, seja na sociedade, na família, em um grupo de amigos. “As tensões nos fazem crescer, desenvolvem a coragem. E um jovem precisa ter esta virtude da coragem!”.
Para resolver as tensões que existem na vida, Francisco indicou o diálogo. Ele lembrou que os jovens não devem se apegar muito às tensões, porque isso faz mal.
Uma delegação do Brasil estava presente no encontro. A jovem brasileira Ana Carolina Santos Cruz, 19 anos, de São Paulo (SP), fez uma das perguntas dirigidas ao Papa: qual foi o maior desafio ou dificuldade que ele enfrentou na missão de religioso. “Saber distinguir a verdadeira paz de Jesus”, respondeu o Papa.
“A verdadeira paz vem sempre de Jesus. Mesmo se, às vezes, embrulhada em uma cruz. Mas, é Jesus que te dá a paz naquela prova. Ao contrário, a paz superficial, aquela que te deixa ‘um pouco contente’, vem do inimigo, do diabo”.
O Papa então recordou que as tensões se resolvem com o diálogo e que a elas o jovem não deve se apegar muito porque, no final, fazem mal. “Resolver as tensões com o diálogo, porque o diálogo une, sejam em família seja no grupo de amigos, e se encontra um caminho para seguir juntos, sem perder a própria identidade (…) Um jovem sem tensão é um jovem aposentado, um jovem ‘morto’; mas um jovem que só sabe viver em tensão está doente”.
Sobre os conflitos culturais, Francisco voltou a pedir respeito pela diversidade, verdadeira riqueza de um povo. “Uma cultura com tantas culturas diferentes dentro, deve procurar a unidade mas com o respeito a cada uma das identidades. O conflito se resolve com o respeito à identidade”, reiterou o Papa.
Descontração
No encontro com os jovens, Francisco normalmente abandona os discursos preparados para poder realmente conversar com eles, de forma espontânea. Após a pergunta de Ana Carolina, ele a surpreendeu com uma pergunta: “Quem é melhor, Pelé ou Maradona?”. “Pelé!”, respondeu a jovem.