Fraternidade

Papa Francisco se encontra com sem-teto nos Estados Unidos

Francisco, em Centro Caritativo dos Estados Unidos, destacou a oração, a fraternidade e a caridade aos sem-teto

Da redação
Alessandra Borges

Nesta quinta-feira, 24, após ser o primeiro Papa a discursar no Congresso dos Estados Unidos, Francisco, seguiu para o Centro Caritativo da Paróquia de São Patrício, em Washington, onde se encontrou com os sem-teto e os abençoou.

Em suas primeiras palavras, o Santo Padre, agradeceu pelo acolhimento e os esforços para que este encontro pudesse ser realizado. O Pontífice disse que ao olhar para aquelas pessoas ele viu o rosto de São José, santo, que serviu para ele de apoio e fonte de inspiração.

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“Na oração, não há ricos e pobres; há filhos e irmãos”, exortou Papa Francisco. Foto: Reprodução CTV

“Na vida de São José, houve situações difíceis de enfrentar. Uma delas aconteceu quando Maria estava prestes a dar à luz Jesus. A Bíblia é muito clara: não havia lugar para eles na hospedaria. Imagino José, com sua esposa prestes a ter o filho, sem um teto, sem casa, sem alojamento”, refletiu Francisco.

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Segundo as palavras do Sumo Pontífice, Jesus entrou no mundo com uma pessoa que não tem casa e, deste modo Francisco propôs aos presentes uma reflexão sobre os questionamentos de José naquele momento que não tinha uma casa para oferecer ao Filho de Deus.

“São perguntas que muitos de vós podem pôr-se cada dia. As perguntas de José perduram até hoje, acompanhando todos aqueles que, ao longo da história, viveram e estão sem uma casa. Foi a fé que permitiu a José encontrar a luz naquele momento que parecia uma escuridão completa; foi a fé que o sustentou nas dificuldades da sua vida. Pela fé, José soube seguir em frente, quando tudo parecia sem saída”, disse Francisco.

O Pontífice destacou que não podemos encontrar justificativas morais e sociais para aceitar a carência de habitação. Afirmou também que Deus olha por cada pessoa e não a abandona.

“É a fé que nos diz que Deus está connosco, que Deus está no meio de nós e a sua presença incita-nos à caridade; aquela caridade que nasce do apelo de um Deus que não cessa de bater à nossa porta, à porta de todos para nos convidar ao amor, à compaixão, a darmo-nos uns aos outros”, afirmou o Santo Padre.

A oração é capaz de unir os povos, principalmente a Deus, por isso reforçou que quando rezamos nos aproximamos uns dos outros.

“Na oração, não há pessoas de primeira classe ou segunda; há fraternidade. É na oração que o nosso coração encontra a força para não se tornar insensível, frio perante as situações de injustiça”, frisou.

Ao final do seu discurso, Papa Francisco, pediu a todos que rezassem a oração do “Pai Nosso” – cada qual em sua língua materna – como um gesto de fraternidade e proximidade.

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