Papa Francisco preside Missa na Festa da Virgem de Guadalupe

Francisco disse que, ao aparecer no México, Maria assumiu em si a simbologia cultural e religiosa dos indígenas

André Cunha
Da redação

Numa cerimônia atípica na Basílica de São Pedro, em Roma, o Papa Francisco presidiu a Missa da Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina, nesta sexta-feira, 12.

A Missa foi celebrada em espanhol e português; o coral entoou cantos em ritmos latinos, com instrumentos musicais típicos da região, diferente do que comumente se vê na basílica vaticana.

Músico toca instrumento típico, durante o Hino de Louvor, em Missa de Nossa Senhora de Guadalupe / Foto: Reprodução/CTV

Músico toca instrumento típico, durante o Hino de Louvor, em Missa de Nossa Senhora de Guadalupe / Foto: Reprodução/CTV

Na homilia, Francisco disse que o trecho do salmo “Manifestai a sua glória entre as nações” expressa o desejo profundo dos que celebram esta festa. “São os povos e as nações de nossa Pátria Grande latino-americana os que hoje comemoram com gratidão e alegria a festividade de sua padroeira, Nossa Senhora de Guadalupe, cuja devoção se estende desde o Alasca até a Patagônia”.

Ele recordou a aparição da Virgem Maria no México, “que assumiu em si a simbologia cultural e religiosa dos indígenas”, e afirmou que esta manifestação trouxe grande esperança aos povos da América Latina.

“A Santa Mãe de Deus não só visitou este povo, mas quis também ficar com ele. Deixou estampada misteriosamente sua sagrada imagem no manto de seu mensageiro [Juan Diego] para que a tivéssemos bem presente, fazendo-se símbolo da aliança de Maria com estes povos, a quem dá alma e ternura”, disse o Papa.

A intercessão de Maria, segundo o Santo Padre, transformou a fé cristã no “tesouro mais rico” do povo americano, “cuja pedra preciosa é Jesus Cristo, que se transmite até hoje por meio do batismo de multidões de pessoas”.

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Recordando o “Magnificat” e as “bem-aventuranças”, o Papa desejou que o futuro da América Latina seja construído em favor dos pobres, dos que sofrem, dos humildes, dos que tem fome e sede de Justiça; pelos compassivos, pelos de coração puro, pelos que trabalham pela paz e pelos perseguidos por causa do nome de Cristo.

“Fazemos esta oração porque a América Latina é o ‘continente da esperança’, porque dela se esperam novos modelos de desenvolvimento que unam a tradição cristã e o progresso civil, justiça e equidade com a reconciliação, desenvolvimento científico e tecnológico com a sabedoria humana, sofrimento fecundo com alegria cheia de esperança”, destacou.

Por fim, o Sumo Pontífice pediu a intercessão de Maria – “a Mãe de Deus, a Rainha, a minha Senhora, a minha jovenzinha, a minha pequena, como a chamou São Juan Diego” – para que continue companhando, auxiliando e protegendo o povo latino-americano.

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