“Um acordo que coloque fim aos sofrimentos das pessoas pelo bem do país e de toda a região”, foi o que pediu o Papa ao final do Ângelus
Da redação, com Vatican News
Antes de se despedir dos fiéis presentes na Praça São Pedro para a oração dominical do Ângelus, o Papa Francisco expressou neste domingo, 14, sua solidariedade à população da Venezuela, pedindo um acordo político:
“Mais uma vez, desejo expressar a minha proximidade ao amado povo venezuelano, particularmente provado com o perdurar da crise. Peçamos ao Senhor que inspire e ilumine as partes em causa, para que possam o quanto antes chegar a um acordo que coloque fim aos sofrimentos das pessoas pelo bem do país e de toda a região”, foi o
O governo da Venezuela e a oposição concordaram em estabelecer um grupo de trabalho permanente para tentar tirar o país do impasse político, após concluírem uma rodada de negociações em Barbados, na última quinta-feira, 11.
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Representantes do presidente Nicolás Maduro e do líder da oposição Juan Guaidó se reuniram em Barbados como parte das negociações iniciadas em maio em Oslo, na Noruega. As novas negociações provocaram uma onda de rumores de que a realização de novas eleições esteja finalmente sendo discutida para resolver o impasse.
Bispos latino-americanos
Enquanto isso, o Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) expressou plena solidariedade ao povo e à Igreja venezuelana depois que os bispos do país pediram uma mudança de rota. Em carta assinada pelo presidente do Celam, Dom Miguel Cabrejos, os bispos sul-americanos reiteram sua proximidade “diante da complexa e dramática situação política, econômica e social” da Venezuela.
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Em particular, são mencionados os esforços da Cáritas local para enfrentar a urgente necessidade de ajudas humanitárias. Uma exigência reiterada pelo presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, Dom Josè Luis Azuaje Ayala:
“Estamos falando de quase seis milhões de pessoas que se encontram em situações dramáticas seja no que diz respeito à alimentação, a remédios, à saúde. Na Venezuela, para entender a realidade, é preciso entender que todos os serviços ruíram e ruíram de modo sistemático. Parece mentira, mas num país produtor de petróleo não temos combustível”.