Francisco explicou que ser bispo é um serviço, não uma honra
Da Redação, com Rádio Vaticano
Apesar de estar resfriado, o Papa Francisco presidiu na tarde desta sexta-feira, 15, a Ordenação Episcopal de Dom Fernando Vergez Alzaga, Secretário geral do Governatorato, sede da Administração do Estado da Cidade do Vaticano. A celebração foi realizada na Basílica de São Pedro.
O Santo Padre iniciou sua homilia realçando a grande responsabilidade eclesial do neo-Bispo, segundo o mandato de Jesus que “enviou seus Doze Apóstolos, repletos do Espírito Santo, a fim que anunciassem o Evangelho a todos os povos, os reunissem, os santificassem e os guiassem à salvação eterna”.
Para perpetuar este ministério apostólico, de geração em geração, os Doze reuniram colaboradores, transmitindo-lhes, com a imposição das mãos o dom do Espírito, recebido de Cristo, que conferia a plenitude do Sacramento da Ordem. E o Papa acrescentou:
“Assim, mediante a ininterrupta sucessão dos Bispos, na tradição viva da Igreja, este ministério primordial e a obra do Salvador, se mantêm e se desenvolvem até o final dos tempos. O bispo, circundado por seus presbíteros, representa o Senhor Jesus, Sumo e Eterno sacerdote em meio a nós”.
De fato, disse o Pontífice, “é Cristo que, mediante o ministério episcopal, continua a pregar o Evangelho da salvação e a santificar os fiéis, através dos Sacramentos da fé; é Cristo, que na paternidade episcopal, fomenta o seu corpo, que é a Igreja, com novos membros; é Cristo, que com a sabedoria e prudência episcopal, guia o povo de Deus na sua peregrinação terrena até à felicidade eterna”.
O Santo Padre explicou que o episcopado é o nome de um serviço, não de uma honra. “Cabe ao Bispo servir e não dominar, segundo o mandamento do Mestre, que diz: ‘Quem for o maior entre vocês, seja como o mais pequenino; e quem governar, seja aquele que serve'”.
Francisco destacou ainda a missão do bispo: “deve anunciar a Palavra, em todas as ocasiões, oportunas e inoportunas; deve admoestar, repreender, exortar com magnanimidade e doutrina”.
O Papa disse também que o bispo deve ser fiel custódio e dispensador dos mistérios de Cristo na Igreja; deve seguir o exemplo do Bom Pastor; amar, como pai e irmão, todos os que Deus lhe confia, sobretudo os presbíteros e os diáconos, seus colaboradores no ministério, mas também os pobres, os indefesos e os que precisam de acolhimento e ajuda.
Por fim, o Pontífice exortou os bispos a vigiarem, com amor e grande misericórdia, sobre todo o rebanho a eles confiados!