Em seu terceiro dia de visita à América Latina, Papa Francisco encontrou-se com membros de escolas e universidades
Letícia Barbosa
Da Redação
Na tarde desta terça-feira, 7, às 16h15 (18h15- horário de Brasília), o Papa Francisco encontrou-se com alunos e professores representantes do mundo estudantil e universitário na Pontifícia Universidade Católica de Quito, no Equador.
Ao chegar no local, o Sumo Pontífice foi recebido por uma multidão que o aguardava. Como de costume, o Pontífice abençoou e cumprimentou os presentes.
O encontro teve início com a saudação do bispo da cidade de Loja, monsenhor Alfredo José Espinoza Mateus, seguido do testemunho de uma jovem e da saudação de uma professora e o Reitor da Universidade, sendo encerrado com uma oração e troca de presentes.
Em seu discurso, o Santo Padre convidou os educadores a desenvolver um espírito “crítico, livre, capaz de cuidar do mundo atual”. Ainda questionou se o grau universitário tem sido visto não só como ascensão social ou econômica, mas como sinal de maior responsabilidade perante os problemas da sociedade atual diante do cuidado com os necessitados e o meio ambiente.
“Os nossos centros educativos são uma sementeira, uma possibilidade, terra fértil que devemos cuidar, estimular e proteger. Terra fértil, sedenta de vida”, frisou o Papa.
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Durante a reflexão, o Santo Padre abriu mão do discurso para enfatizar e chamar a atenção ao que tem sido valorizado e prezado pela sociedade.
“Eu vivo em Roma e no inverno faz frio. Aconteceu muito próximo ao Vaticano, um idoso que morreu de frio. Isso não foi notícia nos jornais diários: um pobre que morre de fome e frio. Contudo se todas as bolsas econômicas caem um ou dos três pontos é um desastre mundial. Pergunto: onde está seu irmão? Peço a todos que façam essa pergunta, onde está seu irmão?”, afirmou Francisco.
Ao dirigir-se aos jovens, o Santo Padre questionou-os ao falar que o tempo para os estudos não é somente um direito, mas um privilégio.
“As comunidades educativas têm um papel fundamental, essencial na construção da cidadania e da cultura. Como Universidade, como centros educativos, como professores e estudantes, a vida desafia-vos a responder a esta pergunta: Para que precisa de nós esta terra? Onde está o teu irmão?”, disse o Sucessor de Pedro.
Francisco encerrou o discurso abençoando os presentes e convidando-os a se doarem com o melhor de si em favor do próximo.
Depois da visita à Universidade, às 18h00 irá se encontrar com a sociedade civil, na igreja de São Francisco, e, por fim, fará uma visita particular à “Igreja da Companhia”.