Audiência no Vaticano

Papa fala de economia e pede solidariedade com os mais pobres

Santo Padre disse que economia e finanças podem ser ocasiões de encontro e cooperação se colocarem no centro a dignidade do homem

Jéssica Marçal
Da Redação

O Papa Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira, 14, um grupo de participantes do Congresso Mundial de Comercialistas, pessoas especializadas em direito comercial. No centro do discurso do Papa esteve a preocupação com a dignidade da pessoa humana e a necessidade de promover a globalização da solidariedade, em vez de uma lógica de lucro e interesse próprio.

Francisco considerou a questão do trabalho como o ponto-chave do atual contexto sócio-econômico. Ele citou algumas realidades dramáticas como a das pessoas desempregadas e a dos jovens que buscam o primeiro emprego e um trabalho digno. Trata-se de um cenário em que é forte a tentação de defender o próprio interesse sem se preocupar com o bem comum, disse Francisco.

Diante dessa tentação, o Papa destacou o chamado a desenvolver um trabalho construtivo no cotidiano, um chamado em especial aos que se ocupam do bom funcionamento da vida econômica de um país. Para realizar essa tarefa, a força do profissional cristão vem da oração e da Palavra de Deus, a fim de realizar bem o próprio trabalho para depois poder ir ao encontro dos outros.

Francisco enfatizou ainda que a economia e as finanças são dimensões da atividade humana e podem ser ocasiões de encontro, diálogo e cooperação, mas para isso é preciso que coloquem no centro o homem e a sua dignidade.

“Quando o dinheiro se torna o fim e a razão de toda atividade e de toda iniciativa, então prevalecem a ótica utilitarista e as lógicas selvagens do lucro que não respeita as pessoas, com o consequente abalo dos valores da solidariedade e do respeito pela pessoa humana”.

Os que trabalham com economia e finanças, segundo o Papa, são chamados a fazer escolhas que favoreçam o bem social e econômico de toda a humanidade, oferecendo a todos a oportunidade de realizar o próprio desenvolvimento. Francisco encorajou, então, esses profissionais a trabalharem sempre com responsabilidade, em favor das relações de lealdade, justiça e fraternidade, sobretudo ao lidar com os problemas dos mais pobres.

“Se queremos entregar melhor, às gerações futuras, o patrimônio ambiental, econômico, cultural e social que herdamos, somos chamados a assumir a responsabilidade de trabalhar por uma globalização da solidariedade”.

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