Francisco afirmou que comunhão entre os cristãos cresce mediante a participação nos bens espirituais
Jéssica Marçal
Da Redação
Os sacramentos, os carismas e a caridade. Foi nesse trinômio que o Papa Francisco centrou a catequese desta quarta-feira, 6, na Praça São Pedro. Dando continuidade à audiência geral da semana passada, quando falou da comunhão dos santos, Francisco refletiu hoje sobre a comunhão nas coisas santas.
O Santo Padre explicou que a comunhão entre os cristãos cresce mediante a participação nos bens espirituais, considerando-se em particular os sacramentos, os carismas e a caridade.
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Com relação aos sacramentos, Francisco lembrou que eles não são aparência nem ritos, mas sim a força de Cristo. “Quando celebramos a Missa, na Eucaristia há Jesus vivo, propriamente Ele vivo, que nos une, nos faz comunidade, nos faz adorar o Pai”.
E se por um lado é a Igreja que “faz” os sacramentos, por outro são os sacramentos que “fazem” a Igreja, conforme explicou o Santo Padre. São os sacramentos que edificam a Igreja, gerando novos filhos ao povo de Deus, e impelem os fiéis a serem missionários.
Outro aspecto da comunhão nas coisas santas é a comunhão nos carismas. O Papa disse que o carisma é um presente dado pelo Espírito Santo, mas não para ficar escondido, e sim para ser comunicado ao outro, sendo utilizado em favor do povo de Deus.
“Os carismas são graças particulares dadas para fazer bem a tantos. São atitudes que nascem na consciência e experiência de determinadas pessoas que são chamadas a colocá-los a serviço da comunidade”
Por fim, Francisco falou da caridade, ressaltando que os carismas são importantes, mas são sempre meios para crescer na caridade e no amor. “Sem o amor, todos os dons não servem à Igreja, porque onde não há o amor há um vazio e um vazio que vem preenchido pelo egoísmo. E pergunto a vocês: se todos somos egoístas, podemos viver em comunidade, em paz?”
O Pontífice destacou que os menores dos gestos de amor têm efeito para todos. Portanto, viver a unidade na Igreja, a comunhão da caridade significa não buscar os próprios interesses, mas partilhar o sofrimento e a alegria dos irmãos.
“A solidariedade fraterna não é um modo de dizer, mas parte integrante da comunhão entre os cristãos. Se a vivemos, somos no mundo ‘sacramento’ do amor de Deus, somos uns pelos outros e por todos”.
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