Francisco destacou a necessidade de um rezar pelo outro, vivendo na alegria de Deus
Jéssica Marçal
Da Redação
Rezar juntos na família, com fé e simplicidade, como a Sagrada Família de Nazaré. Esta foi a mensagem que o Papa Francisco deixou às famílias durante homilia na Missa celebrada por ele neste domingo, 27, por ocasião da Jornada das Famílias no Vaticano.
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Partindo do Evangelho do dia, o Santo Padre falou de duas maneiras de rezar: uma falsa, a do fariseu, e outra autêntica, a do publicano. Enquanto o fariseu faz uma oração sobrecarregada pelo peso da vaidade, o publicano reconhece-se pecador diante de Deus e faz uma oração simples, que vem do coração.
“O publicano, ao contrário, não multiplica as palavras. A sua oração é humilde, sóbria, permeada pela consciência de sua própria indignidade, das próprias misérias: este é um homem que realmente se reconhece necessitado do perdão de Deus, da misericórdia de Deus”.
Esse foi o modelo indicado pelo Papa às famílias, recomendando a oração do Pai Nosso em volta da mesa, por exemplo, e também a oração do Rosário. Ele falou da necessidade de um rezar pelo outro: pai rezar pela mãe, pelos filhos, e vice-versa. “Isso é rezar em família, torna a família forte (…) Todas as famílias precisam de Deus, de sua ajuda, da sua força, da sua benção, da sua misericórdia”.
Um segundo aspecto destacado pelo Pontífice foi a conservação da fé na família. Francisco citou o exemplo do apóstolo Paulo, que não conservou sua fé em um cofre, mas a irradiou, levando-a adiante.
“Falou francamente sem medo. São Paulo conservou a fé porque, como a havia recebido, doou-a, indo às periferias sem se apegar a posições defensivas. Nós podemos perguntar: em família, como mantemos a nossa fé? Nós a temos para nós, na nossa família, como um bem privado, como uma conta no banco, ou sabemos partilhá-la com o testemunho, com o acolhimento, com a abertura aos outros?”
Uma última reflexão do Santo Padre na homilia foi sobre a família que vive a alegria. Ele convidou cada um a refletir em silêncio sobre a alegria em seu lar, lembrando que a verdadeira alegria da família não é superficial, não vem das coisas, mas sim da harmonia entre as pessoas, da beleza que é estar junto. E a base desse sentimento é a presença de Deus na família.
“Só Deus pode criar a harmonia das diferenças. Se falta o amor de Deus, também a família perde a alegria (…) Queridas famílias, vivam sempre com fé e simplicidade como a Sagrada Família de Nazaré. A alegria e a paz do Senhor estejam sempre com vocês”.
Ao final da Missa, o Sumo Pontífice colocou-se diante de um ícone da Sagrada Família e fez uma oração por todas as famílias. E antes de rezar a oração mariana do Angelus com os fiéis, ele agradeceu pela participação de todos na Jornada das Famílias.
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