Santa Sé divulgou carta em que Francisco convida Igrejas locais a relembrar seus Santos, Beatos, Veneráveis e Servos de Deus no dia 9 de novembro
Da Redação, com Vatican News
A Santa Sé divulgou neste sábado, 16, uma carta do Papa Francisco às dioceses. No texto, o Pontífice convida cada Igreja particular a, no dia 9 de novembro, recordar seus Santos, Beatos, Veneráveis e Servos de Deus, figuras extraordinárias da fé que caracterizaram o caminho cristão e a espiritualidade da região.
O Santo Padre reafirma o chamado universal à santidade, que mais do que ser fruto do esforço humano, é abrir espaço para a ação de Deus. Assim, acredita na importância de promover a memória daqueles que lutaram para ser santos, em uma única data.
“Não se trata de inserir uma nova memória no calendário litúrgico”, pontua Francisco, “mas de promover com iniciativas apropriadas fora da liturgia, ou de recordar dentro dela, por exemplo, na homilia ou em outro momento considerado apropriado, aquelas figuras que caracterizaram o caminho cristão e a espiritualidade locais”.
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Desta forma, cada comunidade diocesana poderá ”redescobrir ou perpetuar a memória de discípulos extraordinários de Cristo que deixaram um sinal vivo da presença do Senhor ressuscitado e ainda hoje são guias seguros no caminho comum em direção a Deus, protegendo-nos e apoiando-nos”.
Para esse fim, observa o Papa, indicações pastorais e diretrizes poderão eventualmente ser elaboradas e propostas pelas Conferências Episcopais.
“Santidade da porta ao lado”
Na carta, o Pontífice enfatiza a importância do que chama de “santidade da porta ao lado”, a “santidade cotidiana” da qual a Igreja espalhada pelo mundo é sempre rica. Entre os exemplos, cita:
“Esposos que viveram fielmente o seu amor, abrindo-se à vida; homens e mulheres que, em suas várias ocupações profissionais, sustentaram suas famílias e cooperaram na propagação do Reino de Deus; adolescentes e jovens que seguiram Jesus com entusiasmo; pastores que, por meio do seu ministério, derramaram os dons da graça sobre o povo santo de Deus; religiosos e religiosas que, ao viverem os conselhos evangélicos, foram imagem viva de Cristo Esposo. Não podemos esquecer dos pobres, dos doentes e dos sofredores que, em sua fraqueza, encontraram apoio no divino Mestre”.