Apelo de Francisco no final da Audiência Geral foi para o país do Oriente Médio que, após a queda de Assad, está formando um governo de transição
Da redação, com Vatican News
Estabilidade, unidade, paz, segurança, amizade, respeito entre as diferentes religiões. Estes são os dons que o Papa invocou para a Síria, que vive um “momento delicado da sua história” após a queda do regime de Bashar al Assad pelos rebeldes de Hayat Tahrir al Sham. Agora está em formação um governo de transição.
No final da Audiência Geral desta quarta-feira, 11, na Sala Paulo VI, o Santo Padre disse que está acompanhando esses acontecimentos no país. Nesta última terça-feira, 10, Muhammad al Bashir foi formalmente nomeado primeiro-ministro do governo de transição da Síria. No cargo até 1º de março, sua nomeação tinha sido anunciada na segunda-feira, 9, como resultado de um acordo entre as forças que derrubaram o regime de Assad. Bashir se reuniu com membros do antigo governo.
Francisco compartilhou com o mundo a esperança de que se possa continuar no caminho da “estabilidade” e da “unidade”, sem mais violência e fraturas como as que assolaram este país por mais de uma década. “Espero que se chegue a uma solução política que, sem mais conflitos nem divisões, promova de forma responsável a estabilidade e a unidade do país”, desejou o Pontífice.
Respeito entre as religiões
O pensamento do Papa se voltou para o povo sírio, a quem ele confia à intercessão da Virgem Maria, para que, “possa viver em paz e segurança em sua amada terra”. Assim como o secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, o Santo Padre também lançou um apelo às minorias religiosas:
“Que as diferentes religiões caminhem juntas na amizade e no respeito recíproco para o bem dessa nação afligida por tantos anos de guerra”.
Uma saída para a Ucrânia
Como em toda Audiência Geral de quarta-feira, o Pontífice não deixou de fazer referência, em suas palavras, aos países devastados pela guerra. Citou a Ucrânia, ainda sob ataques russos. Entre os mais recentes, o ataque a um comboio da Aiea (Associação Internacional de Energia Atômica) e o da noite passada em Zaporizhzhia, que até agora deixou 6 mortos e 22 feridos. “Penso sempre na martirizada Ucrânia que está sofrendo muito com essa guerra, rezemos para que se encontre uma saída”, frisou.
Na sequência, Francisco mencionou a Palestina, Israel, Mianmar e voltou a implorar a paz para esses territórios: ” Que retorne a paz, que haja paz”. “A guerra é sempre uma derrota, rezemos pela paz”.