Catequese

Papa: espalhar o "perfume" de Cristo e não o "mau cheiro" do pecado

“Espírito Santo no Batismo de Jesus” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira, 21, realizada na Sala Paulo VI

Da redação, com Vatican News

Papa durante a Catequese desta quarta-feira, 21/ Foto: Vatican Media IPA/Sipa USA via Reuters

Essa foi mais uma quarta-feira de Audiência Geral com o Papa Francisco. Na Sala Paulo VI, sob o olhar atento de milhares de fiéis e peregrinos, o Pontífice deu continuidade ao ciclo de catequeses acerca do Espírito e da Esposa. Neste dia, 21, o Santo Padre meditou sobre como o Espírito Santo desceu em forma de pomba quando Jesus foi batizado por João, e dali se espalhou pelo Seu Corpo, que é a Igreja.

“Toda a Trindade se reuniu naquele momento nas margens do Jordão!”, comentou. O Papa reforçou que o batismo de Jesus foi tão importante, que todos os evangelistas falaram sobre ele. E a importância reside no fato de, naquele episódio, Deus Pai ter ungido Jesus com o Seu Espírito, isto é, consagrado Jesus como Rei, Profeta e Sacerdote.

O Pontífice ressalta que, na verdade, Jesus estava repleto de Espírito Santo desde o momento da Encarnação, mas, no Batismo, recebeu a unção com o Espírito para a sua missão. Essa missão, prossegue Francisco, o Senhor comunica-a à Igreja, Seu Corpo místico, e assim todos se tornam um povo sacerdotal, profético e régio. O Santo Padre explica que a imagem da unção com o Espírito remete ao Sacramento da Confirmação, no qual todos foram ungidos com o óleo perfumado do Crisma e receberam o dom do Espírito para a missão, para espalhar pelo mundo o bom odor de Cristo.

O pecado afasta de Jesus

“A unção nos perfuma, e também uma pessoa que vive com alegria a sua unção perfuma a Igreja, perfuma a comunidade, perfuma a família com este perfume espiritual”, acrescentou Francisco. O Papa então fez uma ressalva: “Sabemos que, infelizmente, por vezes, os cristãos não espalham o perfume de Cristo, mas sim o mau cheiro do seu próprio pecado. E jamais nos esqueçamos: o pecado nos afasta de Jesus, o pecado torna o óleo ruim. E o diabo, não se esqueçam disso, normalmente o diabo entra no bolso. Fiquem atentos.”

O Pontífice afirma que isso, porém, não deve distrair ninguém do compromisso de realizar, tanto quanto puder e cada um no seu ambiente, a sublime vocação de ser o bom perfume de Cristo no mundo. O perfume de Cristo é libertado do “fruto do Espírito”, que é “caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança” (Gal 5,22).

“Foi o que disse Paulo, e é belo encontrar uma pessoa que tenha essas virtudes. (…) É belo encontrar uma pessoa boa, uma pessoa fiel, uma pessoa mansa, que não seja orgulhosa. Se nos esforçarmos por cultivar este fruto, então, antes que nos apercebamos, alguém sentirá um pouco da fragrância do Espírito de Cristo à nossa volta. Peçamos ao Espírito Santo que nos faça ungidos mais conscientes, ungidos por Ele”, concluiu.

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