Francisco fez uma reflexão sobre a oração do Pai Nosso e afirmou que é preciso coragem para acreditar que há um Pai que perdoa
Da redação, com Rádio Vaticano
Papa Francisco foi uma das pessoas convidadas para participar de um programa de TV que será exibido a partir desta quarta-feira, 25, no canal dos bispos italianos (TV2000).
Em sua reflexão sobre a oração ensinada por Cristo aos seus discípulos, o Pontífice afirmou que é preciso “coragem” para rezar o Pai Nosso. “[Coragem para] Acreditar que há um Pai que me acompanha, que me perdoa, que me dá o Pão, que está atento a tudo o que eu peço, que me veste melhor ainda do que as flores do campo”.
E para acreditar nisto, é preciso “ousar, mas todos juntos”, por isto a importância de “rezar todos juntos, pois um ajuda o outro e ousamos”, destacou.
Segundo Francisco, muitas vezes, as pessoas dizem ser cristãos, mas vivem como incrédulos, sem fé e também fazendo o mal. “Não no amor, mas no ódio, na competição, ou nas guerras”.
O Papa pergunta se o nome de Deus é santificado “nas jovens sequestradas pelo Boko Haram, se é santificado nos cristãos que lutam entre eles pelo poder, é santificado na vida daqueles que contratam um matador de aluguel para resolver uma situação? É santificado na vida daqueles que não cuidam dos próprios filhos? Não, Deus não é santificado ali”.
Francisco recorda os tempos de sua infância em que o pão jamais era colocado fora, pois o pão “é o símbolo desta unidade da humanidade, é símbolo do amor de Deus”. As mães, as avós, reaproveitavam de uma forma ou outra o pão, mas jamais era jogado fora.
O Papa também conta que quando era Bispo em Buenos Aires, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima visitou a capital argentina e foi celebrada uma Missa para os doentes em um grande estádio.
Ele atendia às confissões, quando ao final chegou uma senhora pequenina, portuguesa, muito simples, com “os olhos esplêndidos”. Ele disse a ela que ela que não tinha pecados e ela respondeu que todos pecamos, e que “Deus perdoa tudo”.
“E como a senhora sabe isto?”, perguntou Bergoglio. “Se Deus não perdoasse, o mundo não existiria!”, respondeu ela.
“Naquele momento tive vontade de dizer: “Mas a senhora estudou na Gregoriana?””.