Na homilia de hoje, Papa alertou que a força do diabo é a hipocrisia
Da Redação, com Vatican News
Peçamos a Jesus para proteger sempre “com a sua misericórdia e o seu perdão” a nossa Igreja, que como mãe é santa, mas cheia de filhos pecadores como nós. Esta foi a oração feita pelo Papa Francisco na missa desta quinta-feira, 20, na Casa Santa Marta, refletindo sobre a Primeira Leitura, extraída da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, e sobre o Evangelho de Lucas, centrado nas palavras de Jesus: “Os seus pecados estão perdoados porque mostrou muito amor”.
O Pontífice enquadra imediatamente três grupos de pessoas nas leituras de hoje: Jesus e seus discípulos; Paulo e a mulher, daquelas cujo destino era o de ser “ser visitada em segredo” até mesmos pelos “fariseus” ou “ser apedrejada”; e os doutores da Lei.
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O Papa evidencia como a mulher se mostra com muito amor a Jesus, não escondendo ser pecadora. O mesmo acontece com Paulo, que afirma: “Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados”.
Os dois procuravam Deus com amor, mas um amor pela metade, explicou o Papa. Paulo pensava que o amor fosse uma lei e tinha o coração fechado para a revelação de Jesus Cristo: perseguia os cristãos, mas pelo zelo da lei, por isso era um amor imaturo.
A mulher buscava o amor, o “pequeno amor”. Os fariseus comentavam, mas Jesus explicou que os pecados cometidos por ela foram perdoados porque ela mostrou muito amor. Jesus olha o pequeno gesto de amor, o pequeno gesto de boa vontade, pega esse gesto e o leva adiante. Esta é a misericórdia de Jesus: sempre perdoa e sempre recebe.
O “escândalo” dos hipócritas
No que diz respeito aos “doutores da lei”, Francisco nota que têm uma atitude que somente os hipócritas usam com frequência: se escandalizam. E dizem: “Mas olha, que escândalo! Não se pode viver assim! Perdemos os valores…” O escândalo dos hipócritas, a hipocrisia dos “justos”, dos “puros”, daqueles que se creem salvos pelos próprios méritos externos.
Jesus afirma que essas pessoas exteriormente mostram “tudo belo” – fala de “sepulcros polidos” – mas dentro têm “podridão”. E a Igreja, quando caminha na história, é perseguida pelos hipócritas: hipócritas por dentro e por fora.
Ele explicou que o diabo não tem relação com os pecadores arrependidos, porque olham para Deus e dizem: “Senhor, sou pecador, ajuda-me”. E o diabo é impotente, mas é forte com os hipócritas. É forte, e os usa para destruir, destruir as pessoas, destruir a sociedade, destruir a Igreja. A força do diabo é a hipocrisia, porque ele é mentiroso: se mostra como príncipe poderoso, belíssimo, e por trás é um assassino.
Francisco concluiu a homilia retomando os três grupos de pessoas: Jesus, que é misericordioso; Paulo e a mulher, ambos pecadores, mas com um amor; e os hipócritas, que são incapazes de encontrar o amor porque têm o coração fechado.