HOMILIA

Papa: Deus liberta sua Igreja e seu povo acorrentado

Ao celebrar a Solenidade de São Pedro e São Paulo, Francisco destacou a ação de Deus para abrir portas na vida dos homens e recordou Jubileu 2025

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco, em sua homilia, na Solenidade de São Pedro e São Paulo / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect

Nesta sexta-feira, 29, o Papa Francisco presidiu a celebração da Solenidade de São Pedro e São Paulo. Em sua homilia, deu ênfase ao símbolo da porta, recordando a aproximação da abertura da Porta Santa e do Jubileu 2025.

No início da homilia, o Pontífice destacou a transformação pela qual São Pedro e São Paulo, passando de simples pescador a pescador de homens e de fariseu perseguidor da Igreja a evangelizador do povo, respectivamente. “Ao encontrarem o Senhor, viveram uma verdadeira experiência pascal: foram libertados e, diante deles, abriram-se as portas de uma vida nova”, afirmou.

Recordando a Primeira Leitura (At 12,1-11), que narra a libertação de Pedro da prisão, o Santo Padre apontou para “um novo êxodo”: “Deus liberta a sua Igreja, Deus liberta o seu povo acorrentado, e mostra-se, mais uma vez, como o Deus da misericórdia que sustenta o seu caminho”.

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Francisco salientou que, embora o texto descreva que “o portão se abriu sozinho” (At 12, 10), foi Deus quem liberou o caminho. “A Pedro Jesus tinha confiado as chaves do Reino, mas ele experimenta que é o Senhor quem abre primeiro as portas”, expressou, “Ele vai sempre a nossa frente”.

Portas abertas para a evangelização

Da mesma forma, prosseguiu o Papa, o caminho de Paulo também é uma experiência pascoal. Na transformação vivida quando se dirigia a Damasco e na contemplação ao Cristo Crucificado, Paulo “descobre a graça da fraqueza” que o leva a afirmar: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).

O encontro com o Senhor acende na vida de Paulo o zelo pela evangelização, observou o Pontífice, assinalando que “precisamente para contar como o Senhor lhe deu tantas oportunidades de anunciar o Evangelho, Paulo recorre à imagem das portas abertas”.

Diante da experiência de graça realizada pelos dois apóstolos, frisou o Santo Padre, Deus abriu-lhes “as portas da evangelização, para que pudessem experimentar a alegria do encontro com os irmãos e irmãs das comunidades nascentes e levar a todos a esperança do Evangelho”.

Arcebispos metropolitanos receberam Pálios episcopais

Papa Francisco entrega Pálio episcopal a um dos Arcebispos Metropolitanos presentes na celebração / Foto: Vatican Media/IPA via Reuters Connect

Por fim, Francisco encerrou sua homilia dirigindo-se aos Arcebispos Metropolitanos presentes na Basílica de São Pedro para receber os Pálios episcopais abençoados pelo Papa (a entrega aconteceu antes da celebração). Ele os exortou a “ser pastores zelosos, que abrem as portas do Evangelho e que, com o seu ministério, ajudam a construir uma Igreja e uma sociedade de portas abertas”.

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