Segundo Francisco, associações de caridade são testemunho da misericórdia de Deus
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco enviou uma mensagem nesta quarta-feira, 15, aos membros da Associação Internacional da Caridade, por ocasião dos 400 anos de fundação das Confraternidades de Caridade, celebrados este ano, com um Ano Jubilar especial.
A associação está reunida em Châtillon-sur-Chalaronne, na França, desde o último dia 12, na assembleia internacional dos delegados, que se conclui hoje, sobre o tema “400 anos com São Vicente: a caminho rumo ao futuro em nossa casa comum”.
“A promoção humana e a libertação autêntica do ser humano não podem existir sem o anúncio do Evangelho”, escreve o Papa Francisco na mensagem. “A credibilidade da Igreja passa através do testemunho pessoal e do percurso de amor misericordioso e da compaixão que se abrem para a esperança”, sublinha o Pontífice.
O Santo Padre deseja que a missão ligada ao nascimento das Confraternidades de Caridade, fundadas em 1617, em Châtillon, por São Vicente de Paulo, seja também nos tempos atuais um “testemunho autêntico da misericórdia de Deus para com os pobres”.
“Que este aniversário de 400 anos seja uma ocasião para dar graças a Deus pelos seus dons e para abrir-se às suas surpresas, para discernir, com o sopro do Espírito Santo, novas estradas. Novos caminhos que a serviço da caridade sejam cada vez mais fecundos”, sublinha Francisco.
As Associações de Caridade nasceram da ternura e da compaixão de São Vicente pelos pobres, muitas vezes abandonados e excluídos nas áreas rurais e nas cidades. Pobres que ele viu como “representantes de Jesus Cristo, como membros de seu corpo sofredor”. “Depois, São Vicente confiou os pobres aos cuidados dos leigos, sobretudo às mulheres. A Associação Internacional da Caridade continua hoje ajudando as pessoas desfavorecidas, aliviando os sofrimentos materiais, físicos, morais e espirituais”.
Recordando que na base desse compromisso está a Providência de Deus, o Papa incentiva a apoiar a pessoa na sua integridade e a dar atenção às condições precárias de vida de várias mulheres e crianças. “A vida de fé unida a Cristo nos ajuda a perceber a realidade da pessoa, a sua dignidade incomparável, o seu ser criada à imagem e semelhança de Deus (…) Ver Jesus nos indigentes significa também, para os pobres, encontrar Cristo naqueles que oferecem o seu testemunho autêntico de caridade. É a cultura da misericórdia que renova profundamente os corações e abre a uma realidade nova”, conclui o Papa.