Missa no Vaticano

Papa destaca ternura da mensagem da Virgem de Guadalupe

Francisco fez uma breve homilia na Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, em missa celebrada na Basílica de São Pedro

Jéssica Marçal
Da Redação

Papa durante celebração na Basílica de São Pedro / Foto: REUTERS/Yara Nardi

O Papa Francisco presidiu a Missa na Basílica de São Pedro nesta quinta-feira, 12, por ocasião da festa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas. Francisco fez uma homilia breve e espontânea, sem texto prévio, destacando três elementos centrais da mensagem guadalupana: o manto, a rosa e o índio

O Santo Padre observou a ternura das palavras da Virgem ao índio para quem apareceu, São Juan Diego: “Não estou eu aqui, que sou sua mãe?”. Assim se revela a maternidade de Maria. Uma maternidade que está gravada naquela simples manto (tilma) de Juan Diego. Também se mostra com a beleza das rosas que o índio encontra. E faz o milagre de levar a fé aos corações um pouco incrédulos dos prelados.

O Papa disse ainda que o mistério guadalupano é para venerar a Virgem e para que possamos ouvir em nossos ouvidos essa mensagem: “acaso, não estou eu aqui, que sou tua mãe?”. E ouvir isso em vários momentos da vida, nos felizes, nos difíceis, nos momentos do cotidiano.

“Não tenha medo, acaso não estou eu aqui que sou tua mãe” é a mensagem guadalupana, o que se diz para além disso são ideologias, pontuou o Santo Padre.

A história de Guadalupe

A aparição de Nossa Senhora a um indígena – São Juan Diego – aconteceu em 1531. Ela pediu que Diego fosse até o bispo e lhe pedisse que fosse construído, na colina de Tepeyac, perto da capital mexicana, um santuário para a honra e glória de Deus. O bispo local pediu um sinal da Virgem ao indígena, o que foi concedido somente na terceira aparição. O jovem colheu rosas na colina e, ao entregá-las ao bispo, a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe apareceu impressa no manto que envolvia as rosas.

O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais do que 20 anos e esse já existe há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e, até hoje, os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.

Juan Diego foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002.

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