Após rezar o Angelus, o Papa voltou a chamar a atenção dos presentes para os dramas vividos pelas populações vítimas do terremoto na Síria e na Turquia.
Da Redação, com Vatican News
Neste Domingo 19, Francisco fez um apelo para não esquecer dos que sofrem e a uma caridade concreta, em particular em favor das populações na Turquia, Síria e Ucrânia, onde há pobreza e falta de liberdade. Após rezar o Angelus, o Papa recordou aos cerca de 20 mil presentes na Praça São Pedro que “o amor de Jesus pede que nos deixemos tocar pelas situações de quem é provado”:
“Especialmente na Síria e na Turquia, nas tantas vítimas do terremoto, mas penso também nas tragédias cotidianas do querido povo ucraniano e de tantos povos que sofrem por causa da guerra ou por causa da pobreza, falta de liberdade ou devastação ambiental: tantos povos.”
Vítimas do terremoto
Mais de 46.000 pessoas morreram em função do terremoto de magnitude 7.8 que atingiu a Turquia e a Síria, um número que deve aumentar, diante dos cerca de 345.000 apartamentos na Turquia destruídos.
Na Turquia, o número de mortos até o momento é de 40.642, enquanto a vizinha Síria registrou mais de 5.800 mortes, um número que não sofreu alterações há dias. Nem a Turquia nem a Síria disseram quantas pessoas ainda estão desaparecidas após o terremoto.
E enquanto a Turquia tenta administrar seu pior desastre, crescem por outro lado as preocupações com as vítimas da tragédia na Síria:
O Programa Mundial de Alimentos (PAM), tem pressionado as autoridades do noroeste do país para parar de bloquear o acesso à área, enquanto busca ajudar centenas de milhares de pessoas devastadas por terremotos.
Na Síria, já devastada por mais de uma década de guerra civil, a maior parte das mortes ocorreu no noroeste. A área é controlada por insurgentes em guerra com as forças leais ao presidente Bashar al-Assad, o que complicou os esforços para levar ajuda às pessoas. Milhares de sírios que buscaram refúgio na Turquia da guerra civil voltaram para suas casas na zona de guerra, pelo menos por enquanto.
Médicos e especialistas expressaram preocupação com a possível propagação da infecção na área onde dezenas de milhares de edifícios desabaram na semana passada, deixando a infraestrutura de saneamento danificada.
Organizações de ajuda humanitária dizem que os sobreviventes precisarão de ajuda nos próximos meses, com tantas infraestruturas cruciais destruídas.