Catequese

Papa: a defesa da vida não é ideologia, é uma realidade humana

Santo Padre deu uma pausa nas catequeses sobre as bem-aventuranças para recordar neste dia 25 a Solenidade da Anunciação do Senhor e os 25 anos da Encíclica Evangelium vitae

Da Redação, com Vatican News

Santo Padre faz a catequese na Biblioteca Apostólica devido à pandemia de coronavírus / Foto: Vatican Media

“O Evangelho da vida” foi o título da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira, 25. O Santo Padre fez uma pausa nas catequeses sobre as bem-aventuranças para recordar a Solenidade da Anunciação do Senhor e os 25 anos da encíclica Evangelium vitae, de São João Paulo II. Como tem acontecido nas últimas semanas, a catequese foi realizada na Biblioteca Apostólica devido à pandemia de coronavírus.

“O elo entre a Anunciação e o ‘Evangelho da vida’ é íntimo e profundo, como destacou São João Paulo II na Encíclica”, ressaltou o Papa. E hoje essa reflexão vem em um contexto de uma pandemia que ameaça a vida humana e a economia mundial.

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.: Íntegra da catequese

Como todo anúncio evangélico, prosseguiu o Pontífice, também este deve ser, antes de tudo, testemunhado. “E penso com gratidão ao testemunho silencioso de tantas pessoas que, de várias maneiras, estão se sacrificando a serviço dos doentes, dos idosos, de quem é só e mais indigente. Colocam em prática o Evangelho da vida, como Maria que, ao acolher o anúncio do anjo, foi ajudar a prima Isabel”.

A ameaça à vida repercute no coração da Igreja, não é ideologia

A vida que somos chamados a promover e defender não é um conceito abstrato, salientou o Papa, mas se manifesta sempre em uma pessoa em carne e osso. E toda ameaça à dignidade e à vida humanas repercute no coração da Igreja, nas suas “vísceras” maternas.

“A defesa da vida para a Igreja não é uma ideologia, mas uma realidade humana. Envolve todos os cristãos. Porque são cristãos, são humanos. Não é uma ideologia”.

As ameaças existem, desde novas formas de escravidão às legislações que nem sempre tutelam a vida mais vulnerável. “A mensagem da Encíclica Evangelium vitae, portanto, é mais do que nunca atual”, disse Francisco.
Para além das emergências, como esta que o mundo vive atualmente, se trata de agir no plano cultural e educativo para transmitir às futuras gerações a atitude da solidariedade, do cuidado e do acolhimento.

“Queridos irmãos e irmãs, toda vida humana, única e irrepetível, constitui um valor inestimável. Isto deve ser anunciado sempre novamente, com a coragem da palavra e a coragem das ações”.

Francisco então concluiu com o apelo feito pelo santo polonês 25 anos atrás: “Respeita, defende, ama e serve a vida, cada vida humana! Unicamente por esta estrada, encontrarás justiça, progresso, verdadeira liberdade, paz e felicidade!”

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