Atentados em igrejas coptas no Egito neste domingo deixaram pelos menos 44 mortos; Francisco vai ao país no fim deste mês
Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano
Destruição em igreja copta no Egito após atentado neste domingo / Foto: Reprodução Reuters
Os atentados no Egito não param o Papa, que manterá sua viagem ao país nos próximos dias 28 e 29 de abril. A declaração é do substituto da secretaria de Estado, Dom Giovanni Angelo Becciu, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera.
“O que aconteceu provoca angústia e grande sofrimento, mas não pode impedir o desenvolvimento da missão de paz do Papa”, disse Dom Becciu, reconhecendo que, infelizmente, estes atentados são um ataque ao diálogo e à paz.
O próprio Papa também confirmou sua ida ao país após os últimos acontecimentos. Ele se encontrou hoje pela manhã com ministros gerais das Ordens Franciscanas em todo o mundo e dirigiu, uma vez mais, seu pensamento e oração às vítimas dos atentados.
“O Papa está muito informado e confirmou com grande firmeza sua viagem ao Egito. E depois nos disse também sobre a partida, hoje, do cardeal Koch para preparar o terreno e os discursos que serão feitos. Portanto, o Papa não para diante daquilo que infelizmente aconteceu, mas com grande firmeza e convicção parte e vai ao Egito para confirmar e ajudar o diálogo e a comunhão da vida cristã”, contou à Rádio Vaticano o padre Marco Tasca, ministro geral da Ordem Franciscana dos Frades Menores Conventuais, que estava no encontro de hoje com o Papa.
Padre Michael Perry, ministro geral da Ordem Franciscana dos Frades Menores, também esteve reunido com o Papa nesta manhã. Ele voltou há pouco da Síria e contou que no encontro de hoje não faltou o pensamento do Papa às populações locais, que ainda sofrem com violências e conflitos.
“O encontro durou mais ou menos 35 minutos. Falamos também de sua visita ao Egito e do fato de que em pouco tempo celebraremos os 800 anos da visita de São Francisco a Damietta, no Egito, onde encontrou com o sultão Malik al-Kamil, como passo rumo ao diálogo com os muçulmanos. E falamos também da Síria: eu fiz uma visita à Síria e retornei há dois dias. Estive em Aleppo, em Damasco e em Latakia, onde encontrei os frades menores que ficaram ali com os cristãos. Todos queriam agradecer ao Papa Francisco por sua atenção à situação de crise e também pelo dinheiro que enviou recentemente, para o qual já existe um relatório de uso em favor dos cristãos e também dos muçulmanos”.
Sobre os atentados aos coptas no Egito, a situação na Síria e no Iraque e sobre os próprios atentados na Europa, Francisco pediu o apoio na oração por todas essas situações devastantes, acrescentou o sacerdote.
Pelo menos 44 pessoas morreram em explosões em duas igrejas cristãs coptas no Egito neste domingo, 9, durante a celebração do Domingo de Ramos, que abre a Semana Santa. Informado da notícia enquanto se preparava para a oração do Angelus, o Papa rezou por todas as vítimas. Hoje, o governo do Egito declarou estado de emergência em todo país por três meses, em virtude dos atentados.
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