Mensagem do Santo Padre à abertura do Conselho das Conferências Episcopais da Europa que este ano se realiza exclusivamente em caráter virtual
Da redação, com Vatican News
“A Igreja na Europa depois da pandemia. Perspectivas para a criação e para a comunidade” é o tema escolhido pelos bispos para a Assembleia Plenária do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE).
Prevista inicialmente em Praga, na República Tcheca, de 25 a 27 deste mês, a assembleia se realiza exclusivamente on-line, nesta sexta-feira, 25, e no sábado, 26, diante do agravamento da situação das infecções por Covid-19 na República Tcheca. Por ocasião deste encontro anual, o Papa Francisco manifestou sua proximidade aos participantes, enviando uma mensagem ao presidente do CCEE, cardeal Angelo Bagnasco.
Coragem e proximidade
O Pontífice manifesta apreço pelo tema escolhido pelos bispos e convida a identificar e continuar percorrendo “os caminhos corajosos do serviço pastoral”. Percursos inspirados pela experiência da Covid, explica Francisco:
A morte de muitos idosos, os dramas das famílias pegas de surpresa pela dor grande e ameaçadora, os dramas de crianças e jovens trancados em casa, os ritos religiosos e os percursos de formação cristã suspensos, levaram muitos sacerdotes e religiosos a encontrar formas corajosas de serviço pastoral, testemunhando a proximidade paterna e terna com o povo.
“Coisas novas e coisas antigas”
Diante de tanta dor e daquilo que o Papa identifica como “novas pobrezas”, é “necessário que esta fantasia da caridade continue, mostrando uma proximidade cada vez mais atenta e generosa com os mais fracos”, ressalta Francisco.
É importante que as comunidades cristãs não percam o que viveram, mas possam relê-lo espiritualmente a fim de “discernir perspectivas para o futuro”. A imagem a que o Papa se refere é a imagem evangélica do escriba “que extrai do seu tesouro coisas novas e coisas antigas”.
Asseguro minha oração para que, por intercessão da Virgem Maria e dos santos padroeiros Bento, Cirilo e Metódio, os Pastores da Igreja na Europa possam infundir em todos os fiéis a certeza da fé, segundo a qual, aconteça o que acontecer, nada poderá nos separar do amor de Cristo.