O Papa falou em relação à ofensiva desencadeada na última semana para reconquistar Mossul, sob controlo do EI desde 2014
Da redação, com Agência Ecclesia
Após o Angelus deste domingo, 23, o Papa Francisco alertou para os “atos hediondos” de violência que aconteceram no Iraque, palco de confrontos entre o autoproclamado Estado Islâmico (EI), forças iraquianas e combatentes Peshmergas curdos.
“Estou próximo da população do Iraque, nestas horas dramáticas, em particular à cidade de Mossul”, disse Francisco diante de milhares de pessoas.
O Papa falou em relação à ofensiva desencadeada na última semana para reconquistar Mossul, sob controlo do EI desde 2014.
“Os nossos corações foram sacudidos pelos hediondos atos de violência que há demasiado tempo se estão a cometer contra pessoas inocentes, muçulmanos, cristãos ou pertencentes a outras etnias e religiões”, denunciou.
Francisco manifestou a sua tristeza pelas notícias de execuções a sangue-frio de “numerosos filhos desta amada terra [Iraque], entre os quais muitas crianças”.
“Esta crueldade faz-nos chorar, deixando-nos sem palavras”, confessou.
O Papa deixou uma mensagem de solidariedade e promessas de oração para que o Iraque, “apesar de duramente atingido” possa ser forte e mantenha “a esperança de poder avançar para um futuro de segurança, de reconciliação e de paz”.
No final da intervenção, Francisco convidou os peregrinos e visitantes presentes na Praça de São Pedro a um momento de oração, em silêncio, pelas vítimas deste conflito.
Segundo o exército iraquiano, desde a última segunda-feira, quando começou a ofensiva para reconquistar Mossul, 37 localidades foram recuperadas a sul da cidade.