Papa Francisco agradeceu aos poloneses: Polônia faz fronteira com a Ucrânia e já recebeu mais de 450 mil refugiados
Da Redação, com Vatican News
A gratidão do Papa Francisco aos poloneses pela acolhida aos ucranianos que fogem da guerra. No momento das saudações, na catequese desta quarta-feira. 2, Francisco expressou seu profundo agradecimento.
“Vocês, por primeiro, apoiaram a Ucrânia abrindo suas fronteiras, seus corações e as portas de suas casas para os ucranianos que fogem da guerra. Vocês estão oferecendo generosamente a eles todo o necessário para que possam viver com dignidade, não obstante a dramaticidade do momento. Sou profundamente grato a vocês e os abençoo de coração!”.
Confira também
.: Padre brasileiro que mora em Kiev, conta os dramas da guerra
.: Igreja se mobiliza para acolher refugiados da Ucrânia
Francisco mencionou ainda que o francisco que faz as leituras em polonês na Audiência é ucraniano. Seus pais estão em um refúgio no subsolo para se proteger das bombas, em um local próximo a Kiev e ele continua cumprindo seu dever no Vaticano.
“Acompanhando-o, acompanhamos todas as pessoas que estão sofrendo com os bombardeios, seus pais idosos e tantos idosos que estão no subsolo para se proteger. Levemos no coração a recordação deste povo”. E dirigindo-se ao franciscano disse um “obrigado por continuar trabalhando”.
Desde o início da invasão russa, mais de 450.000 refugiados ucranianos entraram na Polônia, informou a Guarda de Fronteira polonesa nas redes sociais. Somente na terça-feira, 1° de março, 98.000 pessoas entraram na Polônia. Segundo as Nações Unidas, cerca de 600.000 pessoas deixaram a Ucrânia devido à invasão russa.
Primaz da Polônia disposto a acolher refugiados
O bispo de Gniezno, Dom Wojciech Polak, ofereceu hospitalidade a refugiados da Ucrânia na tradicional residência dos primazes da Polônia.
Falando do empenho da Caritas de sua diocese na assistência aos refugiados, o primaz da Igreja na Polônia afirmou estar pronto, se necessário, “para recebê-los também sob o teto da minha casa”.
A Igreja na Polônia está profundamente envolvida nestes dias tanto na ajuda aos refugiados como na ajuda às paróquias na Ucrânia. Um grupo de 50 refugiados já foi alojado na Casa dos peregrinos, no Santuário de Nossa Senhora negra de Czestochowa. A Diocese de Opole preparou 1.200 lugares nas estruturas eclesiais e na casa dos fiéis.
Em algumas dioceses, como a de Varsóvia, os comitês de coordenação funcionam para responder melhor às necessidades dos imigrantes e para organizar o transporte de mercadorias necessárias para a Ucrânia.
“Não vamos esquecer a ajuda que recebemos do Ocidente na década de 1980, quando havia na Polônia um estado de guerra. Agora chegou a hora em que nós podemos ajudar os outros”, disse o padre Tadeusz Sowa, da Caritas Varsóvia.