Após aceitação do pedido de renúncia de Dom Viganó, Francisco convidou o monsenhor a permanecer no Dicastério como Conselheiro do Departamento de Comunicação
Da redação, com Boletim da Santa Sé
Dom Dario Edoardo Viganò, que após renúncia será Conselheiro do Departamento de Comunicação / Foto: Reprodução CN
O Papa Francisco aceitou nesta quarta-feira, 21, a renúncia de Dom Dario Edoardo Viganò, Prefeito da Secretaria de Comunicação (SPC). A carta de renúncia foi entregue a Francisco na última segunda-feira, 19. No conteúdo, o monsenhor justificou seu pedido de afastamento diante da necessidade particular de renovação. Até que o novo Prefeito seja nomeado, a Secretaria será dirigida pelo Secretário do mesmo Dicastério, Dom Lucio Adrián Ruiz.
“Acredito que o ‘afastar-me’ seja para mim uma ocasião fecunda de renovação ou, recordando o encontro de Jesus com Nicodemos (Jo 31, 1), o tempo de aprender a ‘renascer do alto’. Afinal de contas, não é a Igreja das funções que o senhor nos ensinou a amar e a viver, mas a do serviço, estilo que eu sempre procurei viver”, afirmou Dom Viganó em sua carta.
O monsenhor agradeceu Francisco pelo apoio paternal, pelo equilíbrio oferecido durante seu tempo na Secretaria de Comunicação do Vaticano, relembrou da Reforma da Cúria Romana e a importância dela ser apoiada por pessoas renovadas espiritualmente, humanamente e profissionalmente. “A reforma da Cúria não ocorre de nenhuma maneira com a mudança de pessoas — o que, sem dúvida, acontece — mas com a conversão e em pessoas”,palavras do Papa, citadas por Dom Viganó em seu pedido de renúncia.
Papa em resposta a Dom Viganó
Em resposta a Dom Viganó, o Papa Francisco escreveu uma carta afirmando ter refletido cuidadosamente sobre as motivações do pedido de afastamento do monsenhor antes de sua tomada de decisão. Mesmo aceitando o afastamento, o Santo Padre pediu a Dom Viganó a permanência no Dicastério, porém, na função de Conselheiro do Departamento de Comunicação. Segundo o Pontífice, o convite visa contribuir para que o novo Prefeito dê continuidade à reforma anteriormente implantada.
“A reforma chegou agora na parte conclusiva com a iminente fusão do L’Osservatore Romano no único sistema de comunicação da Santa Sé e com a unificação da Tipografia Vaticana”, recordou Francisco, que continuou, frisando que a reforma da Igreja não é uma questão de organogramas, e sim a aquisição de um espírito de serviço. O Papa encerrou a carta agradecendo Dom Viganó pela humildade, o abençoou e o confiou a Maria.
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