A profissionais de saúde

Papa: a oração é um remédio eficaz, pois cura a alma

Na agenda de compromissos desta quinta-feira, Papa recebeu um grupo de ginecologistas, obstetras e agentes de saúde do sul da Itália

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa Francisco recebe grupo de ginecologistas, obstetras e agentes de saúde da Calábria, sul da Itália / Foto: Vatican Media/CPPIPA/Sipa USA via Reuters Connect

Profissionalismo, sensibilidade humana e, para quem acredita, oração foram pontos que o Papa Francisco propôs em seu discurso a um grupo de ginecologistas, obstetras e agentes de saúde do sul da Itália. Eles foram recebidos em audiência pelo Pontífice nesta quinta-feira, 6.

No discurso preparado para a ocasião e entregue aos presentes, Francisco destaca que estas são profissões belíssimas, que constituem uma vocação e um hino à vida, ainda mais importante neste momento histórico. “De fato, na Itália e também em outros países, parece que se perdeu o entusiasmo pela maternidade e pela paternidade; elas são vistas como uma fonte de dificuldades e problemas, mais que como a abertura de um novo horizonte de criatividade e felicidade. E isso – nós sabemos – depende muito do contexto social e cultural”.

Diante desta realidade, o grupo, como Ordem profissional, estabeleceu para si mesmo o objetivo programático de reverter a tendência de queda da natalidade. Uma iniciativa que foi parabenizada pelo Papa em seu discurso.

Profissionalismo

Francisco propõe aos profissionais uma reflexão baseada em três âmbitos complementares e interdependentes para as realidades deles: o profissionalismo, a sensibilidade humana e, para quem crê, a oração.

No primeiro ponto, o Papa considera que a melhoria contínua da competência faz parte não apenas do código de ética da profissão, mas também de um caminho para a santidade leiga. “A competência é o instrumento com o qual vocês podem exercer melhor a caridade que lhes foi confiada, tanto no acompanhamento normal das futuras mães quanto no tratamento de situações críticas e dolorosas.” Assim, a presença de profissionais preparados proporciona serenidade e, nas situações mais graves, pode salvar vidas.

Sensibilidade humana

O Papa também se atenta ao sentimento de vulnerabilidade que pode surgir em um momento crucial da existência, como o nascimento de um filho. Nessas ocasiões, em especial, as pessoas precisam de proximidade, ternura e calor. “É muito bom, nessas circunstâncias, ter ao lado pessoas sensíveis e delicadas.”

A partir disso, Francisco deixa ao grupo uma recomendação: “Cultivem, além da habilidade profissional, também um grande senso de humanidade, que confirme “no ânimo dos pais o desejo e a alegria pela nova vida, florescida do amor deles” e contribua para “assegurar um nascimento saudável e feliz para a criança””.

A oração

O terceiro e último aspecto abordado pelo discurso do Papa é a oração. “É um remédio oculto, mas eficaz, que aqueles que acreditam têm à sua disposição, porque cura a alma. Às vezes, será possível compartilhá-la com os pacientes; em outras circunstâncias, será possível oferecê-la a Deus com discrição e humildade, em seu próprio coração, respeitando a crença e o caminho de cada um.”

O Santo Padre ressalta que sempre, por meio da oração, os profissionais podem contribuir para fortalecer aquela “admirável colaboração dos pais, da natureza e de Deus, da qual nasce um novo ser humano à imagem e semelhança do Criador”. “Portanto, encorajo-os a sentir em relação às mães, aos pais e às crianças que Deus coloca em seu caminho, a responsabilidade de rezar por eles também, especialmente na Santa Missa, na Adoração Eucarística e na oração simples e diária.”

Na conclusão do discurso, o agradecimento pelo trabalho desses profissionais e o encorajamento para que sigam adiante. “Continuem realizando a sua missão com entusiasmo e generosidade”.

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