Papa a médicos católicos: reconhecer a face de Deus nos mais frágeis

Reunido com médicos católicos, Papa destacou o valor da vida humana

Jéssica Marçal, com Rádio Vaticano em italiano
Da Redação

Papa a médicos católicos: reconhecer a face de Deus nos mais frágeisA vida humana é sagrada. Assim dirigiu-se o Papa Francisco nesta sexta-feira, 20, aos médicos ginecologistas da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas, reunidas em Roma desde 22 de setembro. O Santo Padre destacou a necessidade de atenção principalmente para com os mais frágeis, como os idosos, de forma a não promover a cultura do descartável.

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Francisco refletiu sobre a mentalidade generalizada do útil, a chamada cultura do descartável, que hoje escraviza tantos corações e tem um alto custo: eliminar seres humanos se física ou socialmente mais frágeis. Ele destacou a resposta diante dessa mentalidade é um “sim” decidido e sem hesitação à vida.

“Cada criança não nascida, mas condenada injustamente a ser abortada, tem a face do Senhor, que mesmo antes de nascer, e depois apenas nascido experimentou a rejeição do mundo. E cada idoso… mesmo se enfermo ou no fim de seus dias, leva em si a face de Cristo. Não se pode descartar, como nos propõe a cultura do descartável! Não se pode descartar!”, enfatizou.

Francisco concentrou-se então sobre o valor da vida humana, que ao contrário das coisas materiais, não tem um preço, pois as pessoas têm uma dignidade, valem mais que estas coisas. Porém, ele lembrou que em muitas situações a vida acaba sendo o que vale menos.

“Por isto a atenção à vida humana em sua totalidade transformou-se nos últimos tempos uma verdadeira prioridade do Magistério da Igreja, particularmente àquela majoritariamente indefesa, isso é, as pessoas com deficiência, doentes, o nascituro, a criança, o idoso, que é a vida mais indefesa”.

Outro ponto abordado pelo Papa foi a atual situação paradoxal em que se encontra a medicina. Por um lado, há progressos graças ao trabalho de cientistas que se dedicam à procura de novos tratamentos. Por outro, porém, há o perigo do médico perder a própria identidade de servo da vida. “Mesmo estando por sua natureza ao serviço da vida, as profissões de saúde são conduzidas, às vezes, a não respeitar a própria vida”.

Os médicos reunidos no Vaticano participam desde o último dia 22 da 10º Conferência Internacional sobre o tema “A nova evangelização, as práticas obstétricas e cuidado com as mães”.

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