Em um tempo marcado por uma cultura “líquida” ou até “gasosa”, o Papa explicou aos jovens indianos que a vida se torna plena de sentido e fecunda quando dizemos “sim” a Jesus.
Da Redação, com Vatican News
O Santo Padre recebeu na manhã deste sábado, 18, no Vaticano, os líderes juvenis das várias Eparquias siro-malabarenses da Diáspora e da Visita Apostólica na Europa. As lideranças vieram em peregrinação a Roma, acompanhados de seus Pastores.
Em todas as peregrinações, disse o Papa, buscamos sobretudo o Senhor Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida, que seguimos e percorremos seu caminho de amor, o único que conduz à vida eterna.
O Santo Padre explicou que não se trata de um caminho cômodo, mas fascinante. Jesus nunca nos abandona, nunca nos deixa sozinhos.
Se abrirmos alas para Ele em nossa existência, partilhamos com Ele as alegrias e tristezas e experimentaremos a paz que só Deus pode dar”.
Uma vida repleta de sentido
Jesus, disse Francisco, não hesitou em perguntar aos seus discípulos se eles realmente queriam segui-Lo ou se preferiam seguir outro caminho.
Naquele momento, Simão Pedro teve a coragem de responder: “Senhor, para quem iremos? Somente vós tendes palavras de vida eterna”.
Por isso, em um tempo marcado por uma cultura “líquida” ou até “gasosa”, o Papa explicou aos jovens que a vida se torna plena de sentido e fecunda quando dizemos “sim” a Jesus.
Segundo o Papa, cada um pode se perguntar: “Será que me sinto amado, gratuitamente, não por meus méritos, mas por puro dom?
Eis a experiência que dá sentido à nossa vida e coragem para dizermos ‘sim’ ao serviço e à responsabilidade e ‘não’ à superficialidade e ao desperdício”!
Aqui, o Papa recordou aos jovens da diáspora siro-malabarense que o apóstolo Tomé chegou até às costas do oeste da Índia para semear o Evangelho, onde nasceram as primeiras comunidades cristãs.
Segundo a tradição, neste ano celebram-se os 1950 anos do martírio de São Tomé, que, ao tocar as chagas de Jesus, disse: “Meu Senhor e meu Deus!”.
Francisco acrescentou: “A Igreja é apostólica porque é fundada no testemunho dos Apóstolos; ela continua a crescer não por proselitismo, mas por testemunho. “
Para o Papa, todo batizado participa da sua edificação na medida em que for testemunha.
“Vocês também são chamados a ser testemunhas entre seus coetâneos da diáspora siro-malabarense, mas também entre os que não pertencem à sua comunidade e os que nem conhecem o Senhor Jesus”.
Há um terreno comum, disse ainda o Papa, em que todos os jovens se encontram: o desejo de um amor genuíno, belo e grande.
Por isso, exortou-os a descobrir os testemunhos de amor dos santos, de todos os tempos, que demonstraram que o Cristianismo não consiste em uma série de proibições, que sufocam o desejo de felicidade, mas um projeto de vida, capaz de encher o coração.
Rumo à JMJ Lisboa 2023
Ao concluir sua saudação aos líderes da juventude siro-malabarense, o Santo Padre recordou o tema da próxima Jornada Mundial da Juventude, que se realizará em Lisboa: “Maria levantou-se e foi depressa”.
Desta forma, ao aceitar o anúncio do Anjo com o seu “sim” para se tornar Mãe do Salvador, Maria foi imediatamente visitar sua prima Isabel, que estava no sexto mês de gravidez.
“Ela não se fechou em si, pensando nos grandes problemas que isso podia acarretar, não ficou paralisada por orgulho ou medo. Pelo contrário, ao chegar à casa de Isabel entoou o seu famoso hino, ditado pelo Espírito Santo: o Magnificat!” afirmou o Pontífice.
Por fim, referindo-se à visita de Maria à sua prima idosa, o Papa disse que os jovens têm a força e os idosos a memória e a sabedoria.
Por isso, “visitem seus parentes idosos; façam de suas vidas um hino de louvor, participando da Santa Missa e do sacramento da Reconciliação”.