A secretária-geral da Organização Mundial Meteorológica (OMM) este com Francisco e discutiu a urgência nos esforços a respeito das mudanças climáticas
Da redação, com Vatican News
Nesta sexta-feira, 22, o Papa Francisco se encontrou com Celeste Saolo, secretária-geral da Organização Mundial Meteorológica (OMM), agência da ONU responsável pela coordenação de atividades meteorológicas, hidrológicas e relacionadas.
Durante a conversa, os dois discutiram suas preocupações comuns sobre as mudanças climáticas e concordaram sobre a urgência da ação climática. Em entrevista ao Vatican News após a audiência, Saolo disse que a agência da ONU está ansiosa por uma colaboração mais próxima com a Santa Sé e outras religiões sobre esta questão crucial, que representa um grande desafio para o planeta e a humanidade.
Mudança climática: uma preocupação fundamental para o Papa Francisco
“O Papa Francisco está muito preocupado com o que está acontecendo com o clima”, disse Saolo, “e acho que há muitas coisas que a Organização Meteorológica Mundial pode fazer com o Vaticano para proteger nossa Casa Comum”.
A secretária-geral explicou que todos os indicadores monitorados pela OMM, seja o aumento das temperaturas globais, o aumento do nível do mar ou o derretimento das geleiras, estão piorando, o que “significa que estamos indo na direção errada”. Isso, ela acrescentou, “terá enormes impactos na migração, crianças, mulheres, povos indígenas, os mais vulneráveis que são os que mais sofrem”.
Mudanças nos padrões climáticos que afetam os mais vulneráveis
As regiões mais afetadas, ela explicou, são África, Sudeste Asiático, América Latina e Caribe, juntamente com pequenos países insulares em desenvolvimento que são a linha de frente do aumento do nível do mar. “Precisamos ajudá-los a evitar as consequências das mudanças climáticas”, ela enfatizou.
Contribuição das religiões para a ação climática
Ainda de acordo com a secretária-geral, as religiões podem dar uma contribuição importante para a ação climática e para a construção da esperança: “A ação deve ser informada pela ciência, mas movida pela fé”, disse.
Saolo expressou sua esperança por uma colaboração mais próxima no futuro com a Santa Sé: “Temos uma agenda comum e podemos trabalhar juntos para proteger a vida e os meios de subsistência das pessoas”, ela disse.