AUDIÊNCIA

Organização Meteorológica : partilhamos o mesmo pensamento do Papa

A secretária-geral da Organização Mundial Meteorológica (OMM) este com Francisco e discutiu a urgência nos esforços a respeito das mudanças climáticas

Da redação, com Vatican News

Celeste Saolo, secretária-geral da OMM, quer colaborar com a Santa Sé no combate às mudanças climáticas / Foto: Reprodução Youtube

Nesta sexta-feira, 22, o Papa Francisco se encontrou com Celeste Saolo, secretária-geral da Organização Mundial Meteorológica (OMM), agência da ONU responsável pela coordenação de atividades meteorológicas, hidrológicas e relacionadas.

Durante a conversa, os dois discutiram suas preocupações comuns sobre as mudanças climáticas e concordaram sobre a urgência da ação climática. Em entrevista ao Vatican News após a audiência, Saolo disse que a agência da ONU está ansiosa por uma colaboração mais próxima com a Santa Sé e outras religiões sobre esta questão crucial, que representa um grande desafio para o planeta e a humanidade.

Mudança climática: uma preocupação fundamental para o Papa Francisco

“O Papa Francisco está muito preocupado com o que está acontecendo com o clima”, disse Saolo, “e acho que há muitas coisas que a Organização Meteorológica Mundial pode fazer com o Vaticano para proteger nossa Casa Comum”.

A secretária-geral explicou que todos os indicadores monitorados pela OMM, seja o aumento das temperaturas globais, o aumento do nível do mar ou o derretimento das geleiras, estão piorando, o que “significa que estamos indo na direção errada”. Isso, ela acrescentou, “terá enormes impactos na migração, crianças, mulheres, povos indígenas, os mais vulneráveis ​​que são os que mais sofrem”.

Mudanças nos padrões climáticos que afetam os mais vulneráveis

As regiões mais afetadas, ela explicou, são África, Sudeste Asiático, América Latina e Caribe, juntamente com pequenos países insulares em desenvolvimento que são a linha de frente do aumento do nível do mar. “Precisamos ajudá-los a evitar as consequências das mudanças climáticas”, ela enfatizou.

Contribuição das religiões para a ação climática

Ainda de acordo com a secretária-geral, as religiões podem dar uma contribuição importante para a ação climática e para a construção da esperança: “A ação deve ser informada pela ciência, mas movida pela fé”, disse.

Saolo expressou sua esperança por uma colaboração mais próxima no futuro com a Santa Sé: “Temos uma agenda comum e podemos trabalhar juntos para proteger a vida e os meios de subsistência das pessoas”, ela disse.

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