Santo Padre frisou a necessidade de rezar, uma vez que nenhuma oração fica sem ser ouvida, Deus sempre responde
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
O Papa Francisco deu continuidade nesta quarta-feira, 9, ao ciclo de catequeses sobre a oração do Pai Nosso. Ele frisou a necessidade de sempre rezar, uma vez que a oração transforma a realidade e jamais permanecerá sem ser ouvida. Não se sabe o tempo, mas Deus sempre responderá à oração, afirmou.
A reflexão de hoje partiu do Evangelho de Lucas; sobretudo este livro é o que descreve a figura de Jesus em uma atmosfera densa de oração, ressaltou o Papa. Ele explicou que cada passo da vida de Jesus é impulsionado pelo sopro do Espírito, que o guia em todas as ações.
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“Jesus reza no Batismo no Jordão, dialoga com o Pai antes de tomar as decisões mais importantes, retira-se, muitas vezes, na solidão a rezar, intercede por Pedro que dali a pouco o negará (…) Até mesmo a morte do Messias é imersa em um clima de oração, tanto que as horas da paixão aparecem marcadas por uma calma surpreendente”.
É no Evangelho de Lucas que aparece o pedido dos discípulos – “Senhor, ensina-nos a rezar”. Segundo Francisco, esse é um pedido para os fiéis fazerem também hoje. E Jesus ensina aos seus com quais palavras e sentimentos devem se dirigir a Deus; e a primeira parte deste ensinamento é justamente o Pai Nosso.
“Nós podemos estar todo o tempo da oração com aquela palavra somente: ‘Pai’. E sentir que temos um pai: não um patrão nem um padrasto. Não: um pai. O cristão se dirige a Deus chamando-O, antes de tudo, de ‘Pai’”.
Jesus também faz entender, acrescentou o Santo Padre, que Deus responde sempre; nenhuma oração ficará sem ser ouvida, porque Deus é Pai e não esquece seus filhos que sofrem. Francisco disse que às vezes pode parecer que uma oração não tenha resultado, mas nessas situações Jesus diz para insistir e não dar-se por vencido.
“A oração transforma sempre a realidade, sempre. Se não mudam as coisas ao nosso redor, ao menos mudamos nós, muda o nosso coração. Jesus prometeu o dom do Espírito Santo a cada homem e a cada mulher que reza”.
Foi com essa reflexão que o Papa concluiu a catequese: pediu que os fiéis nunca se esqueçam que a oração muda a realidade. “Ou muda as coisas ou muda o nosso coração, mas sempre muda. (…) Ao final da oração, ao final de um tempo em que estamos rezando, ao final da vida: o que há? Há um Pai que espera tudo e todos com os braços escancarados. Olhemos para este Pai”.