“Caros irmãos e irmãs, no início do novo ano a todos dirijo os mais cordiais votos de paz e de todos os bens. A todos faço votos de um ano de paz, na graça do Senhor e com a proteção materna de Maria.”
Estes foram os votos de Ano Novo do Papa Francisco no Angelus desta quarta-feira, 1º, Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus e também 47º Dia Mundial da Paz.
Dirigindo-se à imensa multidão reunida na Praça de São Pedro, o Santo Padre observou que os seus votos de bom ano são os votos da Igreja, votos cristãos, não ligados a um sentido um tanto mágico e fatalista de um novo ciclo que agora inicia…
“Nós sabemos que a história tem um centro: Jesus Cristo, encarnado, morto e ressuscitado; tem um fim: o Reino de Deus, Reino de paz, de justiça, de liberdade, de amor; e tem uma força que a move em direção àquele fim: o Espírito Santo”, destacou o Pontífice.
Francisco explicou que este Espírito é a potência de amor que fecundou o ventre da Virgem Maria e é o mesmo que anima os projetos e as obras de todos os construtores de paz.
“Duas estradas se entrecruzam hoje – a festa de Maria Santíssima Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz”, ressaltou o Papa.
Sobre o Dia Mundial da Paz, o Santo Padre recordou o tema deste ano – “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”–, e a mensagem a todos dirigida a esse propósito.
“Na base está a convicção de que somos todos filhos do único Pai celeste, fazemos parte da mesma família humana e partilhamos um destino comum”.
Daqui deriva para cada um a responsabilidade de atuar para que o mundo se torne uma comunidade de irmãos que se respeitam, se aceitam na sua diversidade e cuidam uns dos outros.
“Somos também chamados a darmo-nos conta das violências e das injustiças presentes em tantas partes do mundo e que não nos podem deixar indiferentes e imóveis: é necessário o empenho de todos para construir uma sociedade verdadeiramente mais justa e solidária”.
O Santo Padre fez votos de que todos os crentes peçam ao Senhor o dom da paz.
“Neste primeiro dia do ano, que o Senhor nos ajude a encaminharmo-nos mais decididamente pelos caminhos da justiça e da paz; que o Espírito Santo atue nos corações, desfaça a rigidez e durezas e nos conceda a graça de nos enternecermos diante da fragilidade do Menino Jesus. A paz, de fato, exige a força da doçura, a força não violenta da verdade e do amor”.