Francisco indicou aspectos essenciais para a formação dos candidatos ao sacerdócio da França, como a missão e a humildade
Da Redação, com Vatican News
O Papa Francisco recebeu os reitores dos Seminários Maiores e Propedêuticos da França que participam da peregrinação jubilar em Roma neste sábado, 25. Durante seu discurso destacou o tema da formação dos futuros sacerdotes.
Francisco citou uma frase de Paulo VI, enfatizando que o homem contemporâneo escuta de bom grado mais as testemunhas do que os mestres. “E se escuta os mestres é porque são testemunhas”, afirmou.
Na sequência, o Pontífice refletiu sobre o atual perfil dos seminaristas. Para Francisco, o importante é que os formadores aceitem as diferenças sem medo, concentrados no principal objetivo. “Formar discípulos missionários apaixonados pelo Mestre, pastores com o cheiro das ovelhas, que vivam no meio delas para servi-las e levar-lhes a misericórdia de Deus”.
De acordo com o Santo Padre, o amadurecimento de uma humanidade equilibrada é um aspecto importante na formação dos rapazes que ingressam no seminário. “O homem perfeito não existe e a Igreja é composta por membros frágeis e por pecadores. Não tenham medo das fraquezas e dos limites de seus seminaristas. Não os condenem apressadamente e saibam encorajá-los. É o martírio da paciência”, sublinhou.
A missão
Segundo Francisco, o sacerdote é feito para a missão. “Mesmo que ser sacerdote comporte uma realização pessoal, não é para si mesmos que são ordenados, e sim para o Povo de Deus. Isso pressupõe gratuidade, desprendimento de si e humildade”, afirmou.
O Papa prosseguiu exortando sobre o cuidado com o egoísmo. “Atenção, sobretudo com o dinheiro. Minha avó sempre dizia que o diabo entra pelo bolso. Por favor, a pobreza é algo muito belo. Servir os outros. E cuidado com o carreirismo. Cuidado com a mundanidade, o ciúme e a vaidade.”
Por fim, o Pontífice reforçou a atenção dos formadores para que o amor por Deus e pela igreja não seja uma desculpa para pecar. “Quando se encontra algum eclesiástico que parece mais um pavão é feio. Que o amor por Deus e a Igreja não seja um pretexto”, concluiu.